Com uso de inteligência artificial e inovação em pesquisa clínica, o Estado se consolida como referência científica e entra no mapa global da oftalmologia
O Espírito Santo acaba de conquistar um marco histórico na ciência e na saúde, posicionando-se de forma definitiva no cenário internacional da pesquisa clínica. Nesta semana, o grupo capixaba Cenders, referência nacional na condução de estudos médicos, lançou a CaseXCenders, a primeira Contract Research Organization (CRO) do Estado, com foco especializado em oftalmologia e inovação tecnológica.
A nova instituição será responsável por coordenar e monitorar estudos clínicos para indústrias farmacêuticas e biotecnológicas, gerenciando protocolos, distribuindo pesquisas entre centros de excelência no Brasil e na América Latina, e assegurando o cumprimento dos mais rigorosos padrões científicos, éticos e de segurança.
Segundo Vinícius Nunes, diretor da CaseXCenders, a criação da CRO representa um salto de maturidade para o ecossistema científico capixaba.
“Nosso papel é conectar a indústria com os centros de pesquisa, garantindo a integridade dos dados e a qualidade metodológica necessária para que os resultados realmente contribuam para o avanço da medicina”, destacou.
O primeiro grande projeto sob coordenação da nova CRO é um estudo internacional pioneiro na área de oftalmologia, com foco na prevenção da cegueira causada pela retinopatia diabética, uma das principais causas de perda de visão evitável no mundo.
Patrocinado pela empresa norte-americana ClinOmicsAI, o estudo será conduzido em parceria com o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam-Ufes) e o Hospital dos Olhos do Espírito Santo (Hoes), e prevê o recrutamento de 360 pacientes.
A pesquisa utiliza inteligência artificial e análise molecular avançada para identificar biomarcadores precoces da doença, permitindo prever o risco de cegueira antes que os sintomas se manifestem. Essa abordagem preditiva promete revolucionar o diagnóstico e abrir caminho para terapias personalizadas e preventivas.
“Trata-se de um modelo de medicina do futuro, baseado em dados e prevenção. O objetivo é identificar alterações sutis que precedem o dano irreversível à visão, possibilitando uma intervenção mais rápida e eficaz”, explica Nunes.
A escolha do Espírito Santo para sediar esse projeto inovador reflete o reconhecimento da excelência operacional e da infraestrutura científica construída pelo grupo Cenders ao longo dos anos. Com a criação da CaseXCenders, o Estado passa a integrar oficialmente o mapa global da pesquisa clínica, tornando-se referência para o desenvolvimento de novas terapias e tecnologias médicas.
