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Aposta segura: previdência privada

Previdência pública sob pressão: por que a previdência privada é vista como a opção mais segura para o futuro

A recente crise no INSS expôs mais do que falhas pontuais: escancarou a fragilidade estrutural do sistema público de aposentadorias no Brasil. Baseado na premissa de que o Estado cumprirá seus compromissos, o modelo atual mostra sinais claros de esgotamento diante do envelhecimento acelerado da população e da queda na taxa de natalidade.

Vinícius Leão, especialista em planejamento sucessório, proteção de renda e previdência privada. Crédito Divulgação

“O formato de repartição, em que os trabalhadores ativos financiam os aposentados, está cada vez mais insustentável. A conta não fecha”, alerta Vinícius Leão, especialista em planejamento sucessório, proteção de renda e previdência privada.

O cenário demográfico agrava o problema: há menos jovens contribuindo para o sistema e mais idosos recebendo benefícios por mais tempo. Como resultado, reformas que aumentem a idade mínima para aposentadoria ou reduzam benefícios se tornam inevitáveis. Em 2019, chegou-se a discutir a migração para um modelo de capitalização individual — uma proposta que não avançou, mas que especialistas ainda consideram uma alternativa de longo prazo.

Para Vinícius Leão, o contexto exige uma mudança de postura: “O cidadão precisa assumir o controle do próprio futuro. Confiar apenas no INSS é um risco alto demais para quem quer segurança na velhice”.

A solução, segundo ele, está no planejamento individual por meio da previdência privada. Ao contrário do INSS, ela permite autonomia na escolha de aportes e resgates, proteção patrimonial (em muitos casos blindada de credores), isenção de inventário para facilitar a transferência aos beneficiários, tributação regressiva com alíquotas que podem chegar a 10%, além de previsibilidade e estabilidade.

“Não se trata de substituir a previdência pública, mas de complementá-la com inteligência. Uma previdência privada bem estruturada oferece segurança real, mesmo em tempos de instabilidade política e econômica”, afirma o especialista.

Em um cenário de incertezas para o sistema público, quem se planeja com antecedência pode garantir mais tranquilidade no futuro. No fim das contas, não são as promessas do governo que asseguram uma aposentadoria digna — mas as decisões que cada pessoa toma hoje.

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