Evento é oportunidade para a população propor melhorias e influenciar diretamente no futuro urbano dos municípios capixabas
Você sabia que a Ciclovia da Vida, em Vitória, nasceu de uma proposta discutida em uma Conferência das Cidades? Projetos como esse, que impactam diretamente a qualidade de vida urbana, podem ganhar forma novamente durante a 6ª Conferência Nacional das Cidades. Com etapas em níveis municipal, estadual e nacional, o evento é um importante espaço de escuta ativa e construção coletiva sobre o futuro das cidades brasileiras.
No Espírito Santo, moradores de ao menos 15 cidades estão convidados a participar do processo. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU/ES) reforça a importância da mobilização da sociedade para apresentar propostas que tornem as cidades mais sustentáveis, acessíveis e bem planejadas. Segundo a presidente do CAU/ES, Priscila Ceolin, a conferência, promovida pelo Ministério das Cidades, é uma grande oportunidade para ouvir a sociedade e incorporar suas demandas na formulação de políticas públicas.
“A participação da população é essencial. Quando os cidadãos se envolvem ativamente, as propostas refletem as necessidades reais da comunidade e tornam-se mais eficazes”, afirma Ceolin.
Cada cidade tem autonomia para organizar sua etapa municipal e convocar os moradores a participarem. As inscrições, gratuitas, costumam ser feitas online, mas ainda não foram abertas em todos os municípios. A recomendação do CAU/ES é que os cidadãos fiquem atentos às divulgações oficiais e cobrem das prefeituras a realização do evento.
A conferência gira em torno de três eixos principais: articulação urbana e planejamento das políticas públicas; gestão e financiamento estratégico; e temas transversais, como mudanças climáticas e mobilidade urbana. As propostas devem estar alinhadas a esses eixos e podem ser apresentadas por representantes de movimentos sociais, sindicatos, associações de moradores e outras entidades da sociedade civil. Para ter direito a voto, é necessário estar vinculado a uma dessas organizações.
Caso uma cidade não realize sua conferência local, os moradores podem participar diretamente da etapa estadual. As propostas mais votadas em cada nível avançam até a fase nacional, que será realizada em outubro deste ano, em Brasília.
O CAU/ES também irá apresentar suas sugestões técnicas durante o evento. “Nosso papel é contribuir com propostas que atendam às demandas sociais e, ao mesmo tempo, tragam embasamento técnico, para que as soluções sejam implementadas de forma mais eficiente nos municípios”, destaca Priscila Ceolin.