No dia 17 de abril, o Dia Mundial da Hemofilia destaca a importância da conscientização sobre essa condição genética e hereditária que afeta a coagulação do sangue, tornando difícil o processo de parar hemorragias. No Espírito Santo, o tratamento integral oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) tem sido fundamental para garantir a qualidade de vida dos pacientes.
Atualmente, 420 pacientes estão em tratamento no Centro Estadual de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes), o qual é referência no diagnóstico e tratamento da hemofilia na região. Em 2023, a Secretaria de Saúde iniciou uma importante etapa no fortalecimento do cuidado às pessoas hemofílicas, estabelecendo uma Linha de Cuidado da Pessoa com Coagulopatias Hereditárias do estado.
Essa linha de cuidado orienta desde o nascimento até o tratamento e orientações relacionadas, garantindo um caminho claro para os pacientes dentro do SUS. Além disso, busca padronizar as ações de saúde, orientando tanto profissionais quanto a população sobre promoção, prevenção, tratamento e reabilitação.
A hemofilia, uma doença hemorrágica hereditária, afeta principalmente os homens e pode levar a sangramentos espontâneos ou pós-traumáticos, como hemartroses e hematomas intramusculares. O diagnóstico se baseia em histórico pessoal e familiar, além de exames laboratoriais.
O tratamento inclui a reposição de fatores de coagulação, oferecida pelo Ministério da Saúde e distribuída pelo Hemoes. Desde 2012, pacientes com hemofilia grave ou moderadamente grave podem realizar tratamento preventivo para evitar sangramentos e sequelas articulares.
A adesão ao tratamento é crucial para uma vida saudável, aliada a uma alimentação adequada e atividade física regular. Em março de 2024, o Hemoes lançou a campanha “Em busca do sangramento zero”, visando aumentar a adesão ao tratamento e prevenir sequelas futuras.
Além disso, a conscientização sobre a doença é promovida através de eventos como a Caminhada da Hemofilia, realizada recentemente. O estado também está ampliando o acesso a cirurgias ortopédicas com próteses especiais em pacientes hemofílicos.
Para o secretário de Estado da Saúde, Miguel Duarte, é essencial continuar investindo em políticas públicas de assistência e capacitação técnica para garantir um atendimento de qualidade aos pacientes hemofílicos e promover uma vida com qualidade.