As cinco décadas de carreira do cantor e compositor pernambucano Geraldo Azevedo serão revisitadas no show ‘Voz & Violão’, que será apresentado neste sábado (20), no Espaço Chico Bento, na Serra. André Prando fará a abertura.
Sobre o formato voz e violão, Geraldo Azevedo afirma gostar, pois tem liberdade no repertório. “Se toco uma canção romântica e vejo que o público curtiu, logo emendo outra. Mas se vejo que a plateia quer dançar, engato um forró, que é para ver todo mundo balançar”, explica. E boa música não vai faltar no repertório do show, já que muitos sucessos do artista se fazem presentes na memória afetiva de diversas gerações.
O show Voz & Violão, em formato intimista, traz um clima aconchegante, envolvendo e emocionando a plateia com seu repertório variado, onde não falta espaço para os grandes sucessos e músicas inéditas. “Táxi Lunar”, “Bicho de Sete Cabeças” e “Dia Branco” são algumas das canções garantidas no repertório.
Exímio violonista, o cantor e compositor Geraldo Azevedo cria em suas canções uma mistura única entre as harmonias sofisticadas da bossa-nova e os ritmos pulsantes da música latina. Em seu trabalho é possível encontrar, lado a lado, líricas canções de amor, como “Dia Branco” (Geraldo Azevedo e Renato Rocha), que completou 40 anos de lançamento em 2019, e números caribenhos cheios de swing, como “Veneza Americana” (Geraldo Azevedo e Carlos Fernando). Há, ainda, um sabor urbano em “Táxi Lunar” e ritmos regionais que cantam o sertão e demais ícones da cultura e do folclore nordestino, como “Morena Linda Flor” (Geraldo Azevedo e Geraldo Amaral).
Sua discografia, construída em 50 anos de carreira artística, é composta por diversos álbuns, entre trabalhos solo – como o mais recente, o CD ao vivo “Arraiá de Geraldo Azevedo”, lançado em 2020 – e parcerias de sucessos como em “Violivoz”, com Chico César, em “O Grande Encontro” (1, 2, 3 e 4), ao lado de Alceu Valença, Elba Ramalho e Zé Ramalho, e em “Cantoria” (1 e 2), com Elomar, Xangai e Vital Farias. Essencialmente um compositor, Geraldo elabora suas canções em parcerias com poetas/amigos fiéis, seja desde o princípio de sua carreira, com Carlos Fernando e Renato Rocha, ou em anos mais recentes, ao lado de Capinan e Fausto Nilo. O artista celebrou, em 2017, 50 anos como compositor: sua primeira música foi o frevo de bloco “Aquela Rosa”, feita em parceria com Carlos Fernando e gravada em 1967 por Teca Calazans.
Algumas de suas composições atravessam gerações e formam um repertório eternizado na memória do público. “Caravana” (Geraldo Azevedo e Alceu Valença), “Moça Bonita” (Geraldo Azevedo e Capinan) e “Dona da Minha Cabeça” (Geraldo Azevedo e Fausto Nilo), por exemplo, foram lançadas ainda na década de 70 e, até hoje, fazem parte do setlist de suas apresentações.