Vitória, capital do Espírito Santo, completa 474 anos e se consolida como um dos destinos mais encantadores para morar e visitar no Brasil. Com suas praias deslumbrantes, história rica e qualidade de vida reconhecida, a cidade atrai turistas e novos moradores em busca de bem-estar e cultura.
A historiadora e professora da UFES, Patrícia Melo
Em clima de festa, o aniversário destaca a trajetória da cidade, suas tradições e seu crescimento ao longo dos séculos. Para entender a fundação de Vitória, a conversa foi com a historiadora e professora da UFES, Patrícia Melo. Segundo ela, a história da capital começa com a transferência da população de Vila Velha para a chamada Cidade Alta, devido à resistência das populações indígenas e à inviabilidade do antigo povoado.
“Vitória é como várias cidades dentro de uma cidade. Inicialmente, cultivava-se cana-de-açúcar e mandioca, e a cidade se consolidou como centro político e econômico do estado. No século XIX, os primeiros aterros e a riqueza do café transformaram a capital, abrindo grandes vias e modernizando a infraestrutura, incluindo o bonde elétrico e a energia elétrica. A industrialização a partir dos anos 1970 reforçou o papel de Vitória como uma cidade conectada ao Brasil e ao mundo”, explicou Patrícia Melo.
A cidade também preserva tradições culturais marcantes, como o trabalho das paneleiras de Goiabeiras, cujo ofício artesanal garante a produção da autêntica moqueca capixaba. Para Patrícia, essas tradições são um patrimônio vivo que une gerações e fortalece a identidade da capital.
O prefeito Lorenzo Pazolini destaca que Vitória une história, modernidade e oportunidades:
“Uma cidade que recebe bem, acolhedora, inovadora e considerada uma das melhores capitais para se viver. Vitória é locomotivo do Espírito Santo e referência em competitividade, emprego e qualidade de vida. Hoje celebramos 474 anos de uma cidade que é exemplo para o Brasil”, afirmou.
O aniversário também é oportunidade de conhecer locais históricos que marcam a memória afetiva da população. O bistrô Saldanha, antigo Saldanha da Gama, é um desses exemplos. Patrícia Melo relembra que o espaço abrigava grandes festas, regatas e eventos sociais, preservando a estética e o charme da Vitória dos anos 1940 a 1960.
No bairro Jesus de Nazaré, o restaurante do Bigode é referência cultural e gastronômica. Fundador do local, Clemar da Costa, conhecido como Bigode, conta sua trajetória:

“Cheguei aqui há 74 anos, era pescador, e abri um bar que virou restaurante. Hoje servimos a moqueca capixaba, nossa mariscada e uma paella exclusiva. Vitória cresceu muito e é maravilhosa. A qualidade de vida, a amizade e a acolhida do povo fazem desta cidade o melhor lugar para viver”, disse Bigode.

Vitória também oferece lazer e esportes à beira-mar. Na Praia do Canto, esportes aquáticos movimentam a orla e contribuem para a saúde e o bem-estar dos capixabas. O professor de windsurf Rômulo Finamori destaca a vantagem de morar em uma cidade cercada pelo mar:
“Morando aqui, você tem o privilégio de praticar esportes aquáticos o ano inteiro. Vitória proporciona um estilo de vida saudável e acesso fácil às atividades no mar para todas as idades.”
Para a capixaba Susana, a cidade reúne tudo o que muitos buscam viajando: tamanho ideal, praias deslumbrantes e oportunidades de trabalho à beira-mar.
Vitória, com seus 474 anos, continua a crescer e se modernizar sem perder sua essência. Entre história, cultura, gastronomia e qualidade de vida, a capital capixaba celebra seu aniversário como uma cidade viva, acolhedora e inspiradora.
Por: Iza Mendonça e Luciene Costa
fotos: divulgação