O comércio varejista capixaba está se preparando para um Dia das Crianças movimentado, com previsões indicando que as vendas devem alcançar R$ 181,67 milhões. Esse valor representa um crescimento de mais de R$ 1,4 milhão em comparação ao ano passado e marca o maior volume de vendas desde 2008, quando o total foi de R$ 109,4 milhões. O gasto médio por família está estimado em R$ 320.
Os dados são do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo) e foram coletados em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Ana Carolina Júlio, coordenadora do Observatório do Comércio do Connect Fecomércio-ES, atribui essa expectativa de crescimento a um cenário econômico positivo que vem se consolidando no estado. “Com o mercado de trabalho aquecido, a redução do endividamento das famílias capixabas pelo terceiro mês consecutivo e um aumento na intenção de consumo, as vendas estão sendo impulsionadas. Este é o segundo crescimento consecutivo para a data comemorativa”, explica.
Os produtos que devem liderar as vendas são roupas e calçados, que representam 31,8% das compras, seguidos por utilidades domésticas e eletroeletrônicos, com 28,9%. Juntos, esses segmentos devem movimentar cerca de R$ 110,37 milhões, ou seja, mais de 60% do total projetado.
Entre os itens mais procurados, destacam-se blusas, shorts, calças, tênis infantis e smartphones. Além disso, brinquedos e jogos também devem figurar na lista de compras das famílias.
Apesar do crescimento nas vendas, os consumidores devem se preparar para custos levemente superiores aos do ano passado. A inflação acumulada na cesta de produtos do Dia das Crianças foi de 0,2 ponto percentual maior em comparação a 2023. O aumento mais significativo se refere a serviços de entretenimento, como cinema e teatro, que registraram uma inflação de 7,47%.
Por outro lado, as famílias que planejam adquirir roupas e calçados poderão encontrar produtos mais acessíveis. A inflação dos preços desses itens ficou em 1,42% e 3,94%, respectivamente, valores significativamente inferiores aos do ano anterior.
