Espírito Santo alcança melhor desempenho de fevereiro desde 2000 e supera índices nacionais e regionais; destaque vai para setores de artigos pessoais, vestuário e móveis
O comércio varejista do Espírito Santo se consolidou como o mais dinâmico do Sudeste em fevereiro de 2025, registrando um desempenho recorde. De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisada pelo Connect Fecomércio-ES, o estado atingiu um índice de volume de vendas de 107,5 pontos — o maior para o mês desde o início da série histórica, no ano 2000. A marca também representa crescimento de 1,2% em relação a janeiro, superando em 2,4 vezes a média nacional (0,5%) e quatro vezes o desempenho médio do Sudeste (0,3%).
Na comparação com fevereiro de 2024, o avanço foi ainda mais expressivo: 6,4% de crescimento, contra 1,5% do Brasil e 1,6% da média regional. O Espírito Santo superou todos os demais estados da região. São Paulo registrou alta de 0,6%, Minas Gerais cresceu apenas 0,1% e o Rio de Janeiro teve retração de 0,8%.
Os segmentos que puxaram essa expansão no estado foram “outros artigos de uso pessoal e doméstico” (alta de 25,4%), tecidos, vestuário e calçados (23,4%), móveis e eletrodomésticos (17,4%) e produtos farmacêuticos e de perfumaria (11,1%).
Segundo André Spalenza, coordenador de pesquisa do Observatório do Comércio, o resultado reflete a retomada da confiança e da atividade econômica no estado. “O varejo capixaba se consolidou como um dos mais dinâmicos do país em fevereiro. O resultado é um reflexo da recuperação após anos de desaceleração, reforçando a resiliência do setor”, afirmou. No acumulado do ano, o Espírito Santo já cresceu 5,4%, ocupando a quarta colocação no ranking nacional e liderando a região Sudeste.
O desempenho positivo se estendeu ao chamado varejo ampliado — que inclui, além das lojas tradicionais, setores como veículos e materiais de construção. Em fevereiro, o Espírito Santo cresceu 0,6%, enquanto o Brasil teve queda de 0,4% e o Sudeste, de 0,5%. Na comparação anual, a alta foi de 7,8% no estado, frente a 2,4% no Brasil e 2,5% na média regional.
O atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo foi o setor de maior destaque no comparativo entre fevereiro de 2024 e 2025, com crescimento de 22,1%, seguido pelo acumulado no ano (21,4%). Apesar do bom momento, o crescimento em 12 meses foi modesto (0,7%), o que aponta para uma recuperação recente.
Já o setor de veículos, motocicletas, partes e peças apresentou alta de 10,75% no acumulado de 12 meses, enquanto materiais de construção cresceram 10,5% na comparação mensal e 8% no acumulado de 2025 — apesar de ainda acumularem queda de 6,5% no último ano.
