Após a repercussão na última semana, de um novo modelo de cigarro eletrônico que está sendo vendido como um suplemento alimentar, com vitaminas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou um comunicado destacando que a venda de vapes é proibida no país.
O caso assustou a classe médica que ressaltou o alerta quanto aos produtos. De acordo com a pneumologista e Especialista em Medicina do Sono, Jessica Polese, há muitos jovens viciados em cigarros eletrônicos e quando surgem novos produtos como este, prometendo saúde sem comprovação, e de uma forma inaceitável, preocupa muito. “Os Dispositivos Eletrônicos Para Fumar (DEF) tem nicotina que penetra na circulação do organismo e é um dos causadores do aumento da pressão arterial, dos problemas metabólicos idênticos aos dos cigarros comuns”, afirma a médica.
“Mesmo que a propaganda deste novo vape seja de que não há nicotina, qualquer substância que não conheçamos, como os óleos que existem neste tipo de cigarro, irritam o pulmão – o que é péssimo para quem é alérgico – e pior para quem está fumando e para quem está ao redor”, alerta a médica.
O pulmão foi feito para inalar oxigênio e não outras substâncias. “É um caso que nos preocupa, devido a tantos outros que temos acompanhado de doenças respiratórias, cânceres, o pós Covid que deixou tantas pessoas afetadas, vem mais uma invenção para fazer mal à saúde”, pontua Jessica.