Saúde

Vapes Aceleram Envelhecimento da Pele: Alerta dos Médicos

O uso de cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos como vapes, entre jovens vem gerando preocupação em diversas áreas da saúde, especialmente na dermatologia. A médica especialista em estética Renata Melo destaca que esses dispositivos podem acelerar o envelhecimento da pele, assim como os cigarros tradicionais.

Os vapes contêm substâncias prejudiciais, como a nicotina, que aumentam a produção de radicais livres no organismo. Isso interfere no funcionamento natural da pele, levando ao aparecimento precoce de rugas, manchas e flacidez. “A ação da nicotina contribui para a desidratação da pele, resultando em um aspecto envelhecido e em perda de colágeno”, explica Renata.

Além do efeito químico, o uso de vapes também está associado a danos causados por movimentos repetitivos dos músculos faciais. A médica observa que jovens na faixa dos 20 anos estão apresentando alterações cutâneas que antes eram vistas em pessoas mais velhas, como rugas e uma tonalidade amarelada da pele.

Um estudo recente publicado no Jornal da Academia Americana de Dermatologia confirma essas preocupações, relatando que o uso de cigarros eletrônicos pode provocar uma série de manifestações dermatológicas, incluindo estomatite, queimaduras e irritações na pele. “O ressecamento e as alterações na textura da pele são notáveis entre os usuários de vapes”, afirma Renata.

Para aqueles que já enfrentam os efeitos adversos do uso de cigarros eletrônicos, a boa notícia é que existem tratamentos disponíveis. Renata destaca procedimentos que estimulam a produção de colágeno e melhoram a qualidade da pele, como o uso de bioestimuladores e o Ultraformer MPT. Este último é uma tecnologia de ultrassom microfocado que atua nas camadas profundas da pele, promovendo um efeito lifting e redefinindo os contornos do rosto.

Apesar da disponibilidade de tratamentos, a médica enfatiza a importância da prevenção: “O melhor caminho é evitar os vapes. Eles fazem mal para a pele e para a saúde em geral”, alerta.

No Brasil, a venda de cigarros eletrônicos é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A resolução, reformulada em 2023, proíbe não apenas a comercialização, mas também a produção, distribuição, armazenamento e transporte dos dispositivos eletrônicos para fumar em todo o território nacional. Essa medida visa proteger a saúde pública e prevenir os riscos associados ao uso dessas substâncias.

À medida que a discussão sobre os riscos dos vapes se intensifica, a orientação médica se torna cada vez mais clara: a saúde da pele e do organismo deve estar sempre em primeiro lugar.

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