A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para a crise de Saúde Mental no Brasil. Dados apontam que somos a população mais ansiosa do mundo e a mais deprimida da América Latina. O aumento alarmante das taxas de suicídio, que dobraram nas últimas duas décadas, evidencia uma crise que afeta todas as faixas etárias, etnias e classes sociais.
Desafios sociais e econômicos, como violências urbanas, injustiças sociais, racismo e precarização do trabalho, têm impacto direto na Saúde Mental. Esses fatores contribuem para a diminuição do bem-estar emocional, favorecendo transtornos mentais e problemas psicossociais.
O Dia Mundial da Saúde Mental é um ponto de partida crucial para conscientização, mas não pode ser o único. A complexidade dos desafios exige um compromisso contínuo. O Brasil deu um passo importante com o Janeiro Branco, tornando-se pioneiro em esforços individuais e coletivos para a promoção da Saúde Mental.
O Janeiro Branco: Um Compromisso Contínuo com a Saúde Mental
Há uma década, o Janeiro Branco mobiliza cidadãos, profissionais da saúde e autoridades públicas em torno da Saúde Mental. Essa campanha vai além de um dia, proporcionando um mês inteiro de conscientização e ação. O Instituto Janeiro Branco, uma associação civil, trabalha incessantemente por uma cultura da Saúde Mental nas relações humanas e sociais.
A Saúde Mental não deve ser tratada isoladamente; é um eixo estruturante da saúde global. É crucial construir uma “cultura da Saúde Mental” em todo o mundo, reconhecendo suas dimensões biológicas, sociais, econômicas, políticas e culturais. O livro “Saúde Mental Enquanto Há Tempo!” e a próxima edição da Campanha Janeiro Branco, em janeiro de 2024, são oportunidades para aprofundar o debate e inspirar ações concretas.
Em um mundo de crescentes pressões e desafios, investir na Saúde Mental é um imperativo moral, ético e social. Devemos agir agora, enquanto há tempo, para criar um mundo onde a Saúde Mental seja prioridade, compreendida, fortalecida e cuidada por todos. A Saúde Mental é um direito fundamental, e é nosso dever, como sociedade e indivíduos, promovê-la, defendê-la e ampliá-la.