A transexualidade é uma condição em que o indivíduo se identifica com um gênero diferente do sexo que lhe foi atribuído ao nascer. Hoje a cirurgia plástica tem um papel importante neste processo de transição, graças às cirurgias de redesignação sexual (ou cirurgia de transição de gênero).
De acordo com o cirurgião plástico e Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Humberto Pinto, há uma crescente acessibilidade e demanda por procedimentos cirúrgicos que ajudam a adequar a expressão do gênero de indivíduos trans.
“A cada dia podemos inserir estas pessoas com mais auto confiança, dignidade e pertencimento. As etapas na cirurgia plástica para adequação de gênero podem variar dependendo do tipo de cirurgia e das necessidades específicas do paciente, mas geralmente incluem os seguintes passos: Avaliação e diagnóstico, terapia hormonal, preparação pré-operatória, cirurgia e recuperação pós-operatória”, explica o médico.
Entre as opções de cirurgias temos as seguintes: A mastectomia, as cirurgias íntimas e de feminização.
A mastectomia é um procedimento cirúrgico realizado para remover o tecido mamário e fornecer uma aparência mais masculina. De acordo com Humberto, além da retirada das mamas com a mastectomia, são feitas muitas cirurgias de feminização, como a colocação de próteses e outras. “Fazemos cirurgias na face, com uma transformação visual em que damos ao rosto traços femininos. A cirurgia pode ser um conjunto, de acordo com o desejo de cada um, podemos fazer procedimentos no nariz, boca, maçã do rosto, etc.”, pontua o cirurgião.
Doutor Humberto também faz cirurgias de redesignação sexual há muitos anos, de acordo com ele já são mais de 60 cirurgias realizadas aqui no Estado.
A redesignação sexual nada mais é do que a mudança de sexo e fazemos tanto em homens quanto em mulheres trans. “A redesignação consiste em reconstrução do pênis no lugar da vagina ou a amputação do pênis para construção da vagina”, explica.
De acordo com o cirurgião plástico, são cirurgias delicadas, os pacientes têm acompanhamento psicológico e todo o suporte antes e depois do procedimento. “A satisfação destas pessoas é nítida após as cirurgias e para nós, a sensação também é engrandecedora”, afirma o médico.
Em resumo, no universo da medicina atualmente, há uma maior conscientização e facilidades da diversidade de gênero, o que tem impulsionado avanços na cirurgia íntima e na harmonização corporal para pessoas transgênero.
Avaliação e diagnóstico: avaliação detalhada por equipe médica: psicólogos ou psiquiatras, endocrinologista para discussão do desejo da transição de gênero
Terapia Hormonal: auxilia na parte da transição de gênero
Preparação Pré-operatória: Bateria de exames médicos para avaliar a saúde em geral
Recuperação pós operatória: Repouso, medicação e acompanhamento médico
