Sob a regência do maestro Helder Trefgzer, a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses) apresenta nos dias 22 e 23 de maio, às 20h, no palco do Sesc Glória, suas tradicionais séries Pré-Estreia e Concertos Sinfônicos, com as obras “La Nuit et l’amour”, de Augusta Holmès, “The Bamboula, Rhapsodic Dance for Orchestra, Op. 75”, de Samuel Coleridge-Taylor, e “Till Eulenspiegel lustige Streiche, Op. 28” e a suíte “O Cavaleiro da Rosa”, de Richard Strauss.
Os ingressos já estão à venda na bilheteria do Sesc Glória ou on-line, neste LINK e custam R$ 20 (inteira), R$ 15 (conveniado), R$ 12 (cartão empresário) e R$ 10 (meia-entrada para comerciário ou mediante apresentação de 1kg de alimento não perecível).
A realização é da Cia de Ópera do Espírito Santo (Coes), Orquestra Sinfônica do Espírito Santos (Oses), Secretaria da Cultura (Secult) e Ministério da Cultura (MinC), por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio ouro do Instituto Cultural Vale e parceria da Fecomercio/Sesc.
Repertório
Augusta Holmès (1847-1903) foi uma compositora que desafiou as convenções sociais do século XIX e enfrentou obstáculos por ser mulher. Participou de causas feministas e políticas ao longo de sua existência, tendo ainda escrito artigos defendendo a igualdade de gênero na sociedade. “Le Nuit et l’amour” é um interlúdio orquestral de Ludus pro patria, que estreou em 1888, em Paris.
Samuel Coleridge-Taylor (1875-1912), nascido em Londres, filho de mãe inglesa e pai de Serra Leoa, África, foi maestro e compositor, tendo alcançado notável popularidade em sua época. Grande parte da sua música procurou integrar as tradições africanas com a música clássica ocidental. “Bamboula” é o nome de um tambor e também de uma dança típica dos povos africanos escravizados, disseminada na América e no Caribe.
As obras do compositor Richard Strauss (1864-1949), um dos expoentes do romantismo tardio alemão, escritas na virada do século XX, levaram o pós-romantismo ao extremo e anteciparam as inovações do modernismo. “Till Eulenspiegel lustige streiche” (As alegres travessuras de Till Eulenspiegel), obra escrita entre 1894/1895, foi inspirada em um personagem que remonta à Idade Média, uma espécie de Pedro Malazarte europeu, astuto, cínico, enganador, sem escrúpulos e sem remorsos.
“O Cavaleiro da Rosa” é uma ópera cômica estreada em 1911 e que pode ser considerada um tributo de Strauss a Mozart, já que faz alusão à ópera “As bodas de Fígaro”. A música amalgama o estilo refinado de Strauss com a leveza mozartiana. A suíte de valsas de “O Cavaleiro da Rosa op. 59” foi escrita entre 1934 e 1944 e reúne alguns dos trechos da ópera.