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Segurança em Alta: ES Tem Queda Recorde nos Crimes

Raio-X da Segurança Pública: Espírito Santo alcança redução histórica da criminalidade


Investimentos estratégicos, integração policial e uso de tecnologia de ponta são pilares da nova fase da segurança capixaba

O Espírito Santo encerrou o ano de 2024 com um marco inédito na segurança pública: o menor número de homicídios desde o início da série histórica, em 1996. Pela primeira vez, o Estado registrou menos de 900 assassinatos em um ano — foram 852 casos, consolidando um cenário de redução consistente da violência. Os primeiros meses de 2025 seguem essa tendência, com queda de mais de 20% nas mortes violentas em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Esse desempenho é resultado direto de uma política pública robusta, pautada em planejamento técnico e investimentos expressivos. À frente desse processo está o programa Estado Presente em Defesa da Vida, retomado em 2019 pelo governador Renato Casagrande, que direcionou esforços para fortalecer as forças de segurança e modernizar a atuação policial.

Em 2011, o Espírito Santo ocupava a segunda posição entre os estados mais violentos do Brasil, com uma taxa de 48,2 homicídios por 100 mil habitantes. Em 2024, essa taxa caiu para 20,8 — uma redução superior a 50% em pouco mais de uma década.

Essa mudança de cenário foi alicerçada em três eixos: investimentos em tecnologia, recomposição e qualificação do efetivo e ações integradas e direcionadas.

Um dos destaques da nova política de segurança é o Cerco Inteligente, um sistema de videomonitoramento com câmeras equipadas com inteligência artificial espalhadas por pontos estratégicos do Estado. A tecnologia permite leitura de placas de veículos, análise de características e rastreamento de alvos, contribuindo diretamente na recuperação de automóveis roubados e na identificação de suspeitos.

A inovação também chegou à identificação de pessoas com o reconhecimento facial, responsável por levar mais de 100 foragidos da Justiça de volta às prisões em apenas três meses de uso.

As forças policiais foram modernizadas com a aquisição de armamentos de última geração, viaturas blindadas, drones e equipamentos de proteção individual, além do ingresso de 1.821 novos militares na Polícia Militar e 351 servidores na Polícia Civil. O Batalhão de Missões Especiais (BME) foi reativado, e as unidades da Polícia Civil passaram por reformas e ampliações.

Entre os avanços estruturais, destaca-se a criação do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat) e da Central de Teleflagrantes, que modernizou o registro de ocorrências de flagrante, aumentando a eficiência e reduzindo o tempo de resposta.

A recém-criada Polícia Científica do Espírito Santo (PCI) já nasce com protagonismo. Incorporada à estrutura da Sesp em 2023, ela conta com tecnologias como microcomparação balística e sistemas de identificação biométrica, ferramentas essenciais para a elucidação de crimes e para o combate à falsificação de documentos.

As ações integradas também impactaram o crime organizado. A Operação Baest apreendeu mais de R$ 40 milhões em bens do tráfico de drogas, incluindo carros de luxo e imóveis de alto padrão. Iniciativas como o Projeto Recupera atuam contra crimes patrimoniais, com foco especial no roubo e furto de celulares, com recuperação de aparelhos e devolução aos proprietários.

A segurança não se limita ao combate à criminalidade. O Corpo de Bombeiros Militar recebeu reforços no efetivo e na frota de viaturas, além da criação do Centro de Inteligência e Defesa Civil (Cidec), que elevou o Espírito Santo ao status de referência nacional na resposta a desastres naturais e emergências.

Os reflexos dos investimentos não se limitam à redução de homicídios. Em 2024, houve queda em praticamente todos os indicadores de crimes contra o patrimônio, incluindo furtos e roubos de veículos, residências, comércios e celulares.

O Espírito Santo colhe os frutos de um trabalho estruturado, baseado em dados, inovação e valorização das forças de segurança. Com uma abordagem ampla e integrada, o Estado avança para garantir não apenas a redução da criminalidade, mas também o aumento da percepção de segurança entre os capixabas.

“A missão é cuidar da população e alcançar, a cada dia, resultados melhores, que fortaleçam tanto a sensação quanto a realidade da segurança pública”, afirmou o governador Renato Casagrande.

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