No outono, alergias respiratórias aumentam e confundem pacientes com sintomas parecidos aos do resfriado comum
Com a chegada do outono, é comum que muitas pessoas enfrentem espirros frequentes, congestão nasal e aquela sensação de nariz entupido que parece não ter fim. Em muitos casos, o que se pensa ser um simples resfriado pode, na verdade, ser uma manifestação alérgica. A confusão entre as duas condições é frequente, já que os sintomas são semelhantes. Mas como saber quando é resfriado e quando é alergia?
O médico Clóvis Eduardo Galvão, especialista em patologia e imunologia clínica, explica que a rinite alérgica é uma inflamação do revestimento interno do nariz provocada por uma reação exagerada do sistema imunológico a substâncias inofensivas do ambiente, como ácaros, pólen e pelos de animais.
“No resfriado, os sintomas costumam durar poucos dias e podem vir acompanhados de febre ou mal-estar generalizado. Já na rinite alérgica, os sintomas como espirros, coriza e obstrução nasal persistem por semanas ou até meses, sem febre”, esclarece o alergista.
Além da duração prolongada, o padrão repetitivo e os gatilhos ambientais são fatores que ajudam a diferenciar a alergia de um resfriado comum. Segundo o especialista, a identificação do agente causador é essencial para o tratamento correto.
“Entre os principais desencadeadores estão os ácaros da poeira doméstica, pólen de plantas e pelos de animais. Para saber exatamente qual é o agente responsável, o paciente deve realizar testes específicos”, orienta Galvão.
Dois exames são comumente utilizados no diagnóstico das alergias respiratórias: o teste cutâneo, feito com pequenas quantidades de alérgenos aplicadas na pele, e o teste sanguíneo, que mede a presença de anticorpos específicos (IgE) para determinadas substâncias.
“O teste laboratorial é muito preciso. Com ele, conseguimos identificar o componente molecular exato que desencadeia a resposta alérgica no organismo. Esse diagnóstico detalhado é o que permite personalizar o tratamento”, reforça Galvão.
A recomendação final do especialista é clara: procure sempre orientação médica. Somente um profissional pode diferenciar corretamente uma alergia de um resfriado, indicar os exames adequados e orientar o tratamento, proporcionando mais conforto e qualidade de vida ao paciente.
Por: Luciene Costa