Com a chegada do verão, o uso de protetor solar ganha destaque, mas é importante lembrar que sua aplicação deve ser uma rotina diária, independentemente da estação do ano. Especialistas alertam que a radiação ultravioleta (UV), presente mesmo em dias nublados ou chuvosos, é uma das principais responsáveis pelo envelhecimento precoce, pelo surgimento de manchas na pele e, em casos mais graves, pelo câncer de pele.
A dermatologista Renata Melo explica que a proteção solar é fundamental para a saúde cutânea. “A radiação ultravioleta está presente todos os dias, independentemente das condições climáticas. Por isso, o hábito de aplicar protetor solar diariamente deve ser parte essencial do cuidado com a pele”, afirma Renata. Ela destaca que, além de proteger contra os danos imediatos do sol, o uso regular de protetor solar também ajuda a prevenir os efeitos cumulativos da radiação, que se manifestam ao longo do tempo.
Uma dúvida comum entre os consumidores é qual o protetor solar mais indicado para seu tipo de pele. Para Renata, a escolha do produto depende das necessidades específicas de cada pessoa. Para peles oleosas, a dermatologista recomenda fórmulas com toque seco, que ajudam a controlar o brilho e o excesso de oleosidade. Já para peles secas, a dica é optar por produtos com maior poder hidratante, que contribuem para a manutenção da umidade da pele.
Além disso, o fator de proteção solar (FPS) deve ser considerado ao escolher o produto. “No dia a dia, um FPS 30 já é suficiente para quem não vai se expor diretamente ao sol”, afirma a especialista. “No entanto, para pessoas com pele mais clara ou em situações de maior exposição solar, é aconselhável utilizar um FPS mais alto, como 50 ou 60”, explica Renata.
Embora o FPS seja um bom indicativo da proteção oferecida pelo produto, é importante destacar que ele não garante proteção absoluta. “Um protetor solar com FPS 100, por exemplo, não significa que a pele está 100% protegida. Ele oferece uma proteção mais abrangente, mas a quantidade aplicada e a frequência de reaplicação também são cruciais para garantir a eficácia”, alerta a dermatologista.
A exposição à radiação UV não se limita apenas aos momentos em que estamos ao ar livre. A luz visível e a luz emitida por telas de computadores, celulares e outros dispositivos eletrônicos também podem afetar a saúde da pele, causando danos semelhantes ao sol, como o agravamento de manchas e o aumento do envelhecimento precoce.
“Com o aumento do tempo gasto diante de telas, seja no trabalho ou no lazer, a exposição à luz artificial também precisa ser considerada na proteção da pele”, destaca Renata Melo. Segundo a médica, a radiação visível pode piorar manchas existentes e acelerar o processo de envelhecimento cutâneo, o que torna o uso diário do protetor solar ainda mais importante.
A dermatologista reforça que, para garantir a máxima proteção, é necessário aplicar a quantidade certa de protetor solar. O recomendado é usar cerca de uma colher de chá para o rosto e uma colher de sopa para cada área do corpo exposta ao sol. Além disso, o protetor deve ser reaplicado a cada duas horas, especialmente se a pessoa entrar em contato com a água ou suar excessivamente.
Para quem passa longos períodos ao ar livre, a reaplicação deve ser feita com maior frequência. “Em locais como praias ou piscinas, onde a exposição solar é intensa e constante, é essencial reaplicar o produto sempre que a pele se molhar”, orienta Renata.