O clima de tensão política em várias cidades do Espírito Santo levou o deputado estadual Marcelo Santos, presidente da Assembleia Legislativa, a pedir um reforço imediato do policiamento nas áreas consideradas de risco para o primeiro turno das eleições municipais, agendado para o próximo domingo, 6 de outubro.
Em uma solicitação oficial endereçada à Secretaria de Segurança Pública e ao Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo, Santos destacou a necessidade de garantir a segurança dos eleitores e a integridade do processo eleitoral. A preocupação surge após a identificação de nove municípios que apresentaram denúncias de possíveis conflitos e atos de violência política.
Os municípios que podem enfrentar instabilidade incluem Afonso Cláudio, Barra de São Francisco, Brejetuba, Divino São Lourenço, Irupi, Linhares, Mucurici, São Gabriel da Palha e São José do Calçado. Essas localidades foram escolhidas com base em relatos de rivalidades políticas acentuadas e registros anteriores de violência nas campanhas eleitorais.
Particularmente em Barra de São Francisco e São Gabriel da Palha, já foram documentados casos de intimidação direcionados a eleitores e candidatos, gerando um ambiente de insegurança para o pleito. A presença de forças de segurança nas ruas é vista como essencial para prevenir que esses conflitos se intensifiquem durante as eleições.
“Os eleitores precisam de tranquilidade e liberdade para votar sem qualquer tipo de ameaça ou pressão. A presença ostensiva da polícia nos ajudará a garantir que as eleições transcorram com a devida normalidade, especialmente em áreas onde já tivemos sinais de instabilidade”, afirmou o deputado Marcelo Santos.
O pedido, agora nas mãos do secretário de Segurança Pública, Leonardo Geraldo Baeta Damasceno, e do presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo, Carlos Simões Fonseca, será analisado com urgência. Santos enfatizou a importância de uma resposta rápida e eficaz das autoridades para assegurar a ordem e proteger os cidadãos em todo o estado.
“É inadmissível que, em uma sociedade moderna, ainda enfrentemos a violência durante campanhas políticas. O debate de ideias deve prevalecer, não a intimidação. Precisamos garantir que o processo democrático seja respeitado e que nenhum cidadão tenha seu direito ao voto ameaçado por medo ou coerção”, concluiu o presidente da Assembleia Legislativa.
Com as eleições se aproximando, a expectativa é de que as medidas solicitadas sejam implementadas a tempo, permitindo que o exercício da democracia ocorra de maneira pacífica e segura.
