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O que sabemos sobre a subvariante XBB.1.5 da Ômicron e quais os riscos para quem pretende curtir o Carnaval

Espírito Santo teve um dos primeiros casos confirmados no Brasil; Vacina bivalente só vai começar a ser aplicada depois da folia

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) identificou nesta semana o primeiro caso da subvariante XBB.1.5 da Ômicron no Espírito Santo, um dos primeiros casos confirmados até o momento no Brasil. Mas o que se sabe até agora sobre essa subvariante? Ela é mais perigosa que as outras? E o carnaval, como fica?

De acordo com a média Martina Zanotti, infectologista do Vitória Apart Hospital, as características dessa subvariante com relação a forma de transmissão e manifestações clínicas são basicamente as mesmas das demais. “Acontece uma síndrome gripal, os mesmos sintomas que a gente tem visto até hoje, forma de transmissão a mesma coisa, principalmente pela via respiratória. Essa cepa não vem com uma gravidade maior. A princípio não se tem dados de que ela seja mais grave, principalmente em quem está vacinado”, afirma.

A infectologista explica que é justamente o fato de parte da população ainda não estar vacinada contra a Covid-19, que permite o surgimento de novas subvariantes da ômicron.

“A vacina que a gente tinha disponível até então é uma vacina que é mais para variante original, e não para a ômicron. Agora, em fevereiro, vamos ter a vacina bivalente e essa vai ser a nossa grande prevenção contra a doença. No mais, segue tudo igual: caso apresente sintoma gripal fazer a testagem e ficar isolado, cuidado para não transmitir para outras pessoas e manter o esquema vacinal em dia com os reforços”, explica.

Vacina Bivalente

O Ministério da Saúde marcou para 27 de fevereiro, depois do carnaval, o começo da nova etapa de vacinação contra Covid-19. A vacina bivalente é uma versão atualizada dos imunizantes contra Covid, contendo a cepa original de Wuhan combinada com a variante ômicron, atualmente a predominante em todo o mundo.

A nova etapa de vacinação só começa depois da folia. Apesar disso, a maior parte das pessoas deve conseguir aproveitar o carnaval sem maiores problemas.

“O que a gente recomenda é que a pessoa gerencie o próprio risco. Se é uma pessoa saudável e está com a vacina em dia, não tem problema. Ela vai tomar alguns cuidados como evitar uma aglomeração excessiva, lavar sempre as mãos, usar álcool em gel e tudo mais. Mas aquela pessoa que tem maior risco, imunidade baixa, idoso, aí deve evitar se aglomerar e dar preferência para curtir o carnaval em local aberto, com menos gente. E não sair se estiver com algum sintoma gripal, isso é o mais importante”, conclui a infectologista.

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