Muito mais que um lugar para aprender a ler e a escrever, a escola é o primeiro espaço social em que as crianças convivem umas com as outras. É onde elas começam a trilhar sua história de vida, tanto pessoal quanto profissional. Escolher a instituição que os filhos estudarão, portanto, é uma tarefa que exige análise criteriosa e é nesta época que muitos pais começam a pesquisar para tomar esta decisão para o próximo ano letivo.
Conforme orienta o diretor do Centro Educacional Leonardo da Vinci, Mário Broetto, um dos principais pontos a serem observados é a proposta pedagógica, ou seja, o currículo, os projetos, a didática e os métodos de avaliação. Algumas escolas, por exemplo, costumam apostar apenas no professor como transmissor do conhecimento. Outras instituições investem em novas tecnologias para incentivar o protagonismo do aluno no processo de aprendizagem.
“A aposta em metodologias ativas, como a gamificação e a cultura maker (faça você mesmo) e em tendências tecnológicas, como robótica, realidade virtual e inteligência artificial, é um interessante caminho para estimular, engajar e reter a atenção dos estudantes durante as aulas”, ressalta Mário.
O diretor orienta que os pais também considerem o aspecto da infraestrutura. Salas de aulas e laboratórios adequados proporcionam um aprendizado mais tranquilo. Já outros espaços como banheiros, refeitórios, pátio, quadras esportivas, salas de música e artes, e ambientes que propiciem contato com a natureza também impactam no bem-estar do aluno durante o período de estudos.
Vale lembrar ainda que os professores são importantes agentes no processo de aprendizagem e, quanto mais qualificados e experientes, melhor. Essa abordagem deve ser feita de forma respeitosa e humanizada, prezando pelo cuidado socioemocional e pela integridade do estudante, o que vale também para diretores, coordenadores, monitores e outros funcionários da instituição.
Outra sugestão de Mário é observar se a escola oferece atividades nas áreas de cultura, artes, esportes e cidadania, que propiciem uma formação integral do estudante como ser humano, cidadão e profissional. “Por fim, ouçam opiniões e experiências de amigos, mas leve sempre em conta os valores da família, envolvendo também a criança na decisão. Dificilmente uma escola é boa para todos os tipos de pessoas. Por isso, alinhar as expectativas em termos de educação antes de realizar a matrícula é importante, evitando assim mudanças ao longo da trajetória estudantil, que deve sempre ser pensada como um projeto a longo prazo”, conclui.
