Saúde

Neurologista da Unimed Sul Capixaba dá dicas essenciais para o combate à cefaleia

Com a proximidade do Dia Nacional de Combate à Cefaleia, em 19 de maio, a conscientização sobre as diferentes formas de dores de cabeça torna-se primordial. Para abordar esse tema, o neurologista Marcos Paulo Travaglia, da Unimed Sul Capixaba, explica sobre os tipos de cefaleia, suas causas e estratégias eficazes de combate.

Travaglia ressalta que os principais tipos de cefaleia são a tensional, a enxaqueca (migrânea) e a cefaleia em salvas. “A cefaleia tensional é caracterizada por uma dor em pressão ou aperto, como uma faixa ao redor da cabeça, geralmente bilateral. A dor pode durar de 30 minutos a vários dias e possui intensidade leve a moderada”.

Ele lembra que a enxaqueca apresenta uma dor pulsante, geralmente unilateral, que pode durar de 4 a 72 horas, com intensidade moderada a grave, costuma ser acompanhada por náuseas, vômitos, sensibilidade à luz (fotofobia) e ao som (fonofobia), e até pela presença de aura (distúrbios visuais ou sensoriais que precedem a dor).

Já a dor extremamente intensa, unilateral, ao redor do olho ou na têmpora, são características da cefaleia em salvas. “A dor pode durar de 15 a 180 minutos e é descrita como muito grave. Os sintomas associados incluem lacrimejamento, congestão nasal, sudorese facial, ptose (queda da pálpebra) e inquietação”, relata Travaglia.

Segundo o médico, as causas mais comuns de cefaleia variam conforme o tipo. “A cefaleia tensional é geralmente causada por estresse, tensão muscular e má postura. A enxaqueca pode ser desencadeada por fatores genéticos, desequilíbrios hormonais, certos alimentos, estresse e falta de sono”.

Ele explica que a causa exata da cefaleia em salvas é desconhecida, mas pode estar relacionada a ritmos circadianos. “Ela é identificada por seu padrão cíclico, com crises que ocorrem em série, muitas vezes na mesma época do ano”.

Os sinais de alerta que indicam a necessidade de buscar ajuda médica imediata são dor de cabeça súbita e intensa, e cefaleia acompanhada de febre, rigidez no pescoço, confusão mental, convulsões, visão dupla, fraqueza, dormência ou dificuldade de falar.

Ainda, a dor de cabeça após um trauma na cabeça, a cefaleia crônica que piora progressivamente, novas cefaleias em pessoas com mais de 50 anos, e cefaleia associada a sintomas neurológicos, como paralisia ou perda de consciência, também indicam a necessidade de avaliação médica imediata.

De acordo com o neurologista existem diversas estratégias não medicamentosas eficazes para o tratamento e prevenção da cefaleia, como acupuntura, técnicas de relaxamento, meditação, ioga e exercícios de respiração profunda, que ajudam a reduzir o estresse e a tensão muscular.

Para o médico da Unimed Sul Capixaba, mudanças no estilo de vida também são fundamentais. “Manter uma rotina regular de sono, evitar gatilhos alimentares, garantir hidratação adequada e praticar exercícios físicos regularmente são medidas importantes. Além disso, dietas e suplementos podem ajudar; identificar e evitar alimentos desencadeantes”, completa Travaglia.

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