INTERPRETADO PELA ATRIZ GRACE GIANOUKAS, O ESPETÁCULO É SUCESSO DE PÚBLICO E CRÍTICA COM SESSÕES LOTADAS DESDE A ESTREIA.
O monólogo “Nasci pra ser Dercy”, estrelado por Grace Gianoukas, escrito e dirigido por Kiko Rieser, e com participação em off de Miguel Falabella, presta uma homenagem a Dercy Gonçalves, uma das maiores atrizes do século XX. Este grande sucesso chega pela primeira vez a Vitória nos dias 23 e 24 de Setembro no Teatro Universitário da UFES. O espetáculo faz parte da 12ª edição do Circuito Banestes de Teatro, e tem patrocínio do Banco do Estado do Espírito Santo – Banestes, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura. Com ingressos a partir de R$25,00, vendidos no site Sympla e na bilheteria do teatro. A sessão do dia 24 de Setembro , domingo, conta com presença de intérprete de libras. Os clientes Banestes terão 50% de desconto em cima do valor da inteira, em até 02 ingressos por cliente.
Ela faleceu há 15 anos, em 2008, aos 101 anos, sem que jamais tenha havido nos palcos brasileiros uma peça que a homenageia. Até agora!
Dercy não cabia em rótulo algum. A atriz faleceu há 15 anos, em 2008, aos 101 anos, sem que jamais tenha havido nos palcos brasileiros uma peça que a homenageia. Até agora! O texto busca unir o apelo popular e o carisma de Dercy a uma profunda pesquisa que mostra a importância, muitas vezes ignorada, da atriz para o teatro brasileiro e para a liberdade feminina, bem como sua inquestionável singularidade.
Desbocada e defensora da mais profunda liberdade, era muito recatada em sua vida íntima, chegando a se casar e enviuvar anos depois ainda virgem. Contestava frontalmente a censura da ditadura militar, mas se recusava terminantemente a levantar bandeiras políticas específicas que não fossem a da irrestrita liberdade e do respeito a todas as formas de existir.
A atriz se consagrou como vedete do Teatro de Revista, mas sua maior contribuição ao nosso teatro se deu ao levar essa expertise para a comédia popular, que ela revolucionou inteiramente, trazendo textos fundamentais para o Brasil e instaurando uma nova forma de interpretar, que rompia com todos os padrões e inaugurou em nossos palcos uma representação genuinamente brasileira. Amada por quase todo o país, Dercy Gonçalves é uma figura largamente reconhecida, mas pouco conhecida de fato.
“Dercy Gonçalves é retratada quase sempre como apenas uma velha louca que falava palavrão”, fala Kiko Rieser, que no texto procura revelar ao público a mulher grandiosa e complexa que ela foi. “Uma atriz vinda do teatro de revista que recriou a comédia brasileira. Uma mulher que era chamada de puta, mas que casou e enviuvou virgem, iconoclasta e devota, libertária mas avessa a qualquer bandeira, inclassificável e singular”, completa o autor.
Sinopse
A peça começa com uma atriz, Vera, entrando no estúdio para fazer teste para o papel de Dercy Gonçalves em um filme. Conforme vai dando suas falas, ela se revolta contra o roteiro, cheio de estereótipos. Sua mãe era grande fã de Dercy e por isso Vera cresceu conhecendo e sendo influenciada pelo exemplo dessa artista icônica. Ela então, transformando-se em Dercy, começa a mostrar quem realmente foi essa mulher à frente de seu tempo.