Arte para todos! O Museu Vale, em seu momento extramuros, apresenta a exposição “Transitar o Tempo” com recursos de acessibilidade, especialmente pensados para pessoas com deficiência e neurodivergência. Em cartaz até o dia 30 de março na Casa Porto das Artes Plásticas, em Vitória, a mostra disponibiliza audiodescrição, videoguia em Libras (Língua Brasileira de Sinais), mapa e pranchas táteis, criando uma experiência mais inclusiva e enriquecedora para todos os visitantes.
Com curadoria de Nicolas Soares e Clara Pignaton, a exposição reúne mais de 40 obras de 30 artistas capixabas e tem entrada gratuita, além de classificação livre. O público pode visitá-la de terça a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados e domingos, das 9h às 16h. Escolas e grupos interessados em realizar visitas educativas podem agendar pelo telefone (27) 9 9252-7525.
A diretora do Museu Vale, Claudia Afonso, destaca a importância de garantir a acessibilidade das exposições. “Esse projeto foi pensado com muito cuidado, reafirmando o compromisso do Museu Vale em tornar a arte acessível a todos. A acessibilidade não apenas enriquece a experiência de visitação, mas também fortalece a inclusão e valoriza a diversidade, criando novas possibilidades de conexão com a arte, especialmente com a história capixaba”, afirma.
A mostra foi realizada em parceria com a Museus Acessíveis, uma consultoria especializada em acessibilidade para espaços culturais. O projeto tem o objetivo de proporcionar uma experiência plena para pessoas com deficiência e neurodivergência, estimulando sua conexão com o acervo e reafirmando a cultura como um espaço democrático. Educadores do Museu Vale passaram por treinamentos para receber e orientar os diversos públicos de forma sensível e eficaz.
O percurso expositivo conta com um mapa tátil que indica a localização de todos os recursos de acessibilidade, como QR Codes táteis, que oferecem acesso à audiodescrição e ao videoguia em Libras. Isso permite que visitantes surdos e com deficiência visual explorem as obras de maneira interativa e independente. A audiodescrição oferece uma tradução detalhada das obras, com ênfase em cores, formas e expressões, auxiliando na construção de uma imagem mental rica e acessível.
Além disso, o videoguia em Libras proporciona um ambiente acolhedor para os visitantes surdos, tornando as informações sobre a exposição e o espaço mais acessíveis. As pranchas táteis ampliam ainda mais a experiência sensorial, permitindo que pessoas com deficiência visual possam perceber as texturas e formas das obras por meio do tato.
Em breve, o site do Museu Vale (museuvale.org) contará com um Tour Virtual 360 da exposição “Transitar o Tempo”, permitindo que pessoas de qualquer lugar do mundo possam visitá-la. O tour contará com audioguia em português, inglês e Libras, ampliando ainda mais o acesso ao conteúdo da mostra.
A acessibilidade também será tema do Módulo 8 da formação Produção de Exposições, ministrado pela pesquisadora Amanda Freitas. As datas e inscrições serão divulgadas em breve.
A exposição “Transitar o Tempo” é uma reflexão sobre como o tempo e as gerações se encontram e se transformam na produção artística contemporânea. Com uma curadoria de Nicolas Soares, a mostra reúne artistas de diferentes idades e trajetórias, refletindo sobre suas práticas artísticas e o impacto do tempo na produção cultural. “A exposição nos permite olhar para diferentes concepções de tempo e como elas estão associadas a culturas, saberes e fazeres”, comenta Soares.
Entre os artistas participantes, estão nomes como Antonio Rosa, Bárbara Carnielli, Bruno Cabuz, Charlene Bicalho, Euzira Neves, Fredone Fone, Kika Carvalho, Marcos Martins, Natan Dias, Ronaldo Mateus Lima, Rosana Paste, entre outros.
A exposição é uma iniciativa do Museu Vale e do Instituto Cultural Vale, com patrocínio da Vale e realização do Ministério da Cultura, via Lei de Incentivo à Cultura.
Com seu projeto extramuros, o Museu Vale amplia sua atuação e leva diversas manifestações artísticas e programas educativos para praças, parques, escolas e outros espaços culturais da Grande Vitória. A proposta é alcançar novos públicos e promover a troca de conhecimento entre diferentes comunidades. O Museu continua seu legado de preservação da memória cultural capixaba, realizando ações de pesquisa, educação, comunicação e formação em estreita conexão com as produções do Espírito Santo.
A atuação do Museu Vale se integra ao trabalho do Instituto Cultural Vale, que está envolvido em mais de 70 projetos em todo o estado, incluindo iniciativas como a Festa da Penha, o Festival de Cinema de Vitória, o Movimento Cidade e o Musin – Festival Música na Infância.