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Mostra audiovisual destaca versatilidade do dramaturgo capixaba José Celso Cavalieri

“Insanos” retrata a história de um ser “nonsense” que em suas alucinações acredita que Deus o escolheu para ficar em seu lugar

Acontece nesta sexta-feira (27), às 20h, no Cine Jardins, a Mostra Audiovisual José Celso Cavalieri, com exibição de três curtas-metragens do dramaturgo, ator, diretor e produtor capixaba: “O último malandro”, “Confusões do Padre Antônio” e “Insanos”.

O drama “O último malandro” conta a história de um casal, João e Gregório. Este, um dia sai dizendo que vai comprar cigarros e não volta mais, gerando revolta em seu companheiro, que não aceita esse sumiço e o procura por todos os lugares, até o encontrar para uma planejada vingança. “Algumas reviravoltas marcam a relação de amor e ódio dos personagens. Uma terceira pessoa acaba envolvida na trama, gerando ainda mais atrito entre o casal central”, diz o diretor José Celso Cavalieri. O elenco é formado pelos atores Alecsandro Carvalho, Alexandre Prado, Alexandro Santos, Angel Bonny, Brenno Hatum, Bruno Ribeiro, Damares Frois, Diego Pianna, Felipe Avide,  Giovanna Gomes, Guido Lecoque, Ingryd Strappa, Jeferson Souza, Jonatan Jones,  Laryssa Keytlin, Leticia Mantovani, Lucas Barcelos, Marcelo Monteiro,  Ramon Siqueira,  Raynne Lopes, Sammy Moreira, Thalya Almeida, Talles Rodrigues,  Wan Halley, Weverton Chavier e Zilda Lira.

Este foi o primeiro filme da carreira de José Celso Cavalieri e foi idealizado para ser uma peça de teatro. “Mudamos o formato devido a diversas questões, como agenda e até a pandemia”, diz o capixaba.

Outro curta que promete impactar o público é “Insanos”, protagonizado pelo ator Anderson Lima, que retrata a história de um ser “nonsense” que em suas alucinações acredita que Deus o escolheu para ficar em seu lugar. Psicopata assassino e paranóico, passeia por seus delírios regados de sangue e morte enquanto narra sua infância problemática e escreve um novo livro de Leis espirituais que ele chama de nova Bíblia, baseada em suas teorias de certo e errado. As sombras que o perseguem e as vozes que ecoam em sua mente o direcionam em sua jornada de sublimação divina. O autor se apropria de trechos santos e profanos em alguns momentos o que torna a experiência da atuação mais densa e marcante.

A crença do personagem de que tudo que ele faz está autorizado por um Deus que ele “ilusiona” como material é base para estudos e teorias de direito Divino e Humano, além dos debates que se desenrolam com base em suas atitudes e ações. Um devir psicológico sem fim, onde o personagem sequencia suas aventuras em cenários simbólicos e dialoga com seres imaginários.

Na noite festiva José Celso vai anunciar detalhes do seu novo projeto, a série “Vidas roubadas”, drama social que vai abordar o tráfico de pessoas. “Estou trabalhando muito para tirar meus projetos do papel. É maravilhoso esse momento que estou vivendo, de efervescência criativa, rodeado de artistas talentosos e com muitos projetos para tirar do papel”, revela o dramaturgo.

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