Saúde

Morte súbita: saiba como evitar e manter a saúde do seu coração

Nesta segunda (13), o médico Leandro Medice foi encontrado morto em um abrigo de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. O médico capixaba era cardiologista, atuava como socorrista do Sérvio de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi ao Estado gaúcho como voluntário para ajudar as vítimas da enchente. Durante o voluntariado, Leandro morreu de infarto fulminante – ainda que, segundo o marido, não apresentasse histórico de doenças.

O cardiologista Agnaldo Piscopo explica casos de morte súbita e cita que esportes como corrida, ciclismo e futebol são mais susctíveis a esse tipo de intercorrência médica – porque exigem muito rendimento do corpo.

“O infarto agudo do miocárdio é mais comum em pessoas com mais de 35 anos; já menos de 35, casos de arritmia são mais frequentes”, diz.

Questionado se uma pessoa saudável, que nunca sentiu qualquer desconforto cardíaco, pode ter uma morte súbita, ele respondeu que “infelizmente sim”. “E não tem aviso. Você pode acordar, ter uma artéria fechada, assintomática, e ter uma parada cardíaca em menos de 10 segundos. Por isso que o socorro é muito importante e tem que ser rápido. A cada minuto que passa, a pessoa perde de 7 a 10 por cento de chance de sobreviver”.

O curioso é que, segundo o médico, alguns pacientes que sobreviveram à parada cardiorrespiratória não detectaram nenhuma alteração no coração em exames feitos posteriormente. Ou seja: infelizmente, há casos que não tem como prever.

Piscopo orienta que a melhor forma de ter um coração saudável é fazer atividade física, se alimentar bem e sempre fazer consultas de rotina com médicos de sua confiança. A prevenção é sempre o melhor negócio.

Diversos exames cardiológicos emergem como ferramentas cruciais para identificar potenciais riscos cardiovasculares. Entre eles, o Eletrocardiograma (ECG) destaca-se por sua capacidade de registrar a atividade elétrica do coração, permitindo a detecção de arritmias e outras anomalias elétricas.

Associado ao ECG, o Holter, um dispositivo portátil que monitora continuamente a atividade cardíaca ao longo de 24 horas ou mais, oferece insights valiosos sobre padrões de ritmo cardíaco em situações cotidianas. Essa monitorização estendida é crucial para capturar irregularidades que podem passar despercebidas em exames mais breves.

Adicionalmente, a Ecocardiografia, empregando ondas sonoras para criar imagens detalhadas do coração, possibilita a avaliação da estrutura cardíaca e a identificação de eventuais malformações ou disfunções. Já os testes de esforço, como a Ergometria, permitem a avaliação do desempenho cardiovascular durante atividades físicas, fornecendo dados essenciais sobre a resposta do coração ao esforço.

Em conjunto, esses exames desempenham um papel fundamental na prevenção da morte súbita, possibilitando a detecção precoce de potenciais problemas cardíacos e, consequentemente, permitindo intervenções que visam preservar a saúde cardíaca e evitar eventos inesperados.

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