Cantora e atriz capixaba apresenta no Teatro do Sesi, em 23 de agosto, um tributo à artista que eternizou o sincretismo religioso na música popular brasileira
A força, a poesia e a espiritualidade da obra de Clara Nunes (1942–1983) ganharão vida no palco do Teatro do Sesi, em Vitória, no próximo dia 23 de agosto, às 19h30, com o espetáculo “O Canto da Guerreira – Uma Homenagem a Clara Nunes”, protagonizado pela cantora e atriz capixaba Monique Rocha.
O show marca os 10 anos do projeto criado em 2015, já apresentado em casas de espetáculo do Espírito Santo e do Rio de Janeiro. Ao longo da noite, Monique vai interpretar 20 sucessos da carreira de Clara, intercalados com passagens biográficas que reconstituem a trajetória da cantora mineira — da infância humilde em Caetanópolis até o reconhecimento como uma das maiores vozes da música brasileira.
O espetáculo contará com participações especiais de Luiza Monteiro, atual Rainha do Carnaval Capixaba; Duda Lima, destaque no Sambão do Povo; além das baianas Neia Lopes e Regiane Oliveira e da bailarina Bianca Campagnoli.
A ambientação reforça a aura mística que marcou a carreira da homenageada. Figurinos brancos adornados com conchas, iluminação inspirada em elementos da natureza e projeções de imagens de Clara Nunes vão transportar o público para um universo em que fé, música e brasilidade se entrelaçam.
“Clara é uma das principais referências na minha formação artística. Sua voz, sua postura e sua forma de exaltar o sincretismo religioso me encantaram desde sempre. Este espetáculo é um resgate afetivo e uma oportunidade de apresentar sua obra a novas gerações”, afirma Monique Rocha.
Durante seus 17 anos de carreira, Clara Nunes rompeu barreiras no mercado fonográfico — foi a primeira mulher a vender mais de 100 mil cópias de um disco de samba, gravou canções que uniam diferentes tradições culturais e projetou o samba para o grande público com mais de 20 videoclipes exibidos em horário nobre na televisão.
No repertório preparado por Monique estão clássicos como “Conto de Areia”, “Canto das Três Raças”, “O Mar Serenou”, “Na Linha do Mar” e “Você Passa, Eu Acho Graça”, além de “Um Ser de Luz”, composta em sua homenagem após sua morte.
