Política

Modelo de gestão capixaba na segurança pública vira referência nacional

Casagrande apresenta no Amazonas resultados do Programa Estado Presente, que reduziu homicídios a menor patamar da série histórica

O Espírito Santo tem registrado quedas expressivas nos indicadores de violência e o modelo de gestão adotado no Programa Estado Presente em Defesa da Vida está ganhando repercussão nacional. A experiência capixaba foi tema da palestra do governador Renato Casagrande, nesta quinta-feira (14), durante o 19º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em Manaus (AM).

Casagrande apresentou dados que mostram a transformação na segurança do Estado. O número de homicídios, por exemplo, caiu de mais de 2 mil registros por ano em 2010 – antes da criação do Programa – para 852 no ano passado, o menor de toda a série histórica.

O governador destacou que a integração entre forças de segurança e o uso de tecnologia têm sido pilares dessa mudança. Ele citou como exemplo a prisão, na última terça-feira (13), de uma mulher foragida há 30 anos por homicídio, localizada por reconhecimento facial em um terminal de ônibus.

“Esse sistema e o nosso Cerco Inteligente chamaram a atenção do governador do Amazonas, que implantou tecnologia semelhante, chamada Paredão, e já tem obtido bons resultados”, afirmou.

Para Casagrande, o intercâmbio de informações entre estados é fundamental para fechar o cerco contra a criminalidade. No entanto, ele reforçou que ações sociais também são indispensáveis para resultados consistentes.

“Não podemos colocar todo o peso nas costas do policial. Educação, esporte, cultura, infraestrutura urbana… tudo isso é fundamental no enfrentamento à criminalidade”, disse.

O governador anunciou ainda que, nesta sexta-feira (15), será feita a transferência de R$ 485 milhões para municípios capixabas investirem em educação, com foco na construção de creches.

De acordo com Casagrande, a tecnologia já colaborou com a prisão de cerca de 350 pessoas desde o início dos testes com o reconhecimento facial, no fim do ano passado.

“Não conseguimos impedir todos os crimes, mas conseguimos reduzir a prática e mostrar que, no Espírito Santo, a chance de acabar preso ao cometer um ato ilícito é grande”, concluiu.

Foto: Adriano Zucolotto/Governo-ES

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