Economia

Mercado da beleza: mais de mil pequenos negócios foram abertos no ES

No dia 18 de janeiro é comemorado o Dia Nacional do Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador. Esses profissionais fazem parte de um importante setor, que permite o sustento de milhares de capixabas. De acordo com levantamento do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae/ES), só em 2023 foram abertos 1.200 empreendimentos do segmento de beleza no estado. Além das oportunidades de emprego, o setor é também uma porta de entrada para quem quer empreender.

Para Maria Eduarda Bermond, ser cabeleireira é mais que uma carreira. A empresária conheceu o universo da beleza bem cedo, aos 13 anos. Filha de cabeleireira, acompanhava o trabalho da mãe e, mais tarde, buscou alguns cursos do ramo. “Aos 18 anos me encantei de fato pelo setor da beleza, quando estava em transição capilar. Descobri que minha missão era ajudar outras mulheres a se aceitarem com seus cabelos naturais, restaurando suas autoestimas”.

A empresária tem observado que, nos últimos anos, vem ocorrendo uma melhora no mercado para o setor. “É uma revolução, estamos na melhor época para empreender. Isso vem trazendo liberdade financeira para muitas mulheres e mostrando que para ser bem-sucedida você não precisa ter uma faculdade”.

O analista do Sebrae/ES Natan Sarria pontua que, por não exigir especializações longas, como graduação universitária, diversas profissões dentro do ramo da beleza permitem transformações de carreira. “O profissional do setor de beleza, com dedicação e empenho, tem à sua disposição diversos cursos profissionalizantes de curta duração no mercado. Munidos de equipamentos básicos, eles podem começar seus empreendimentos até mesmo sem dispor de um espaço físico”.

A maquiadora Elizabeth Dionizio é um exemplo de profissional que se beneficia da flexibilidade que setor oferece, atendendo suas clientes de forma domiciliar. Ela acredita que as inovações tecnológicas que ocorreram nos últimos anos foram muito positivas para o segmento, visto que ampliaram o acesso a capacitações, que podem ser feitas de forma online. “Fico cada vez mais feliz por trabalhar nessa área, pois há muitos ramos a explorar, e dessa forma ajudar a elevar ainda mais a autoestima das pessoas”, ressalta.

Já a nail designer Mary Silva observa que o crescimento do segmento de beleza gera muitas oportunidades, mas também maior competição. “Profissionais se beneficiam com mais empregos e chances de empreender, mas precisam manter-se atualizados para atender a uma clientela diversificada e exigente”.

Dessa forma, para acompanhar as tendências do mercado, além de buscarem capacitações, as três empresárias têm explorado outras áreas de conhecimento. Maria Eduarda, por exemplo, investiu nos estudos sobre marketing e experiência do cliente. “As pessoas não querem mais ir a um salão lotado, com fofoca e bagunça. Elas querem um lugar pra chamar de seu, querem ter uma experiência! Essa foi a maior mudança nos últimos tempos”.

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