Espírito Santo na RDC 659: por uma logística mais eficiente e uma indústria farmacêutica mais competitiva
O Espírito Santo avançou mais um passo em direção à ampliação de sua relevância logística e produtiva no cenário nacional. Nesta quarta-feira (11), representantes do Governo do Estado participaram de uma reunião estratégica com o diretor-presidente substituto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Rômison Rodrigues Mota e com a equipe técnica da agência, para reforçar o pedido de inclusão do Espírito Santo na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 659.
A reunião contou com a presença do secretário de Estado de Desenvolvimento, Sergio Vidigal, da subsecretária Rachel Freixo, e do senador Fabiano Contarato (PT-ES), que reiteraram o pleito de tornar o Estado um ponto autorizado para a entrada e saída de substâncias sujeitas a controle especial — atualmente autorizadas apenas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Segundo a subsecretária Rachel Freixo, o Espírito Santo já reúne todas as condições técnicas, logísticas e regulatórias para integrar a RDC 659. “Temos uma infraestrutura aeroportuária moderna, empresas com Autorizações de Funcionamento de Empresa (AFE) e Autorizações Especiais (AE) vigentes, além de operações qualificadas que seguem os padrões da Anvisa. Estamos plenamente preparados para assumir esse papel com responsabilidade e excelência técnica”, afirmou.
A inclusão do Espírito Santo é considerada estratégica não apenas para o fortalecimento do setor produtivo, mas também para a descentralização da logística nacional de insumos sujeitos a controle especial. O objetivo é evitar gargalos registrados em hubs já sobrecarregados, como os do Rio e São Paulo, e garantir maior fluidez no acesso a medicamentos essenciais.
“Essa medida tem impacto direto na saúde pública e na competitividade da indústria. Além de dinamizar a logística, amplia o acesso e a segurança no fornecimento de insumos que são fundamentais para o tratamento de milhares de brasileiros”, destacou o secretário Sergio Vidigal.
Outro ponto de destaque é a sinergia entre o pleito e a diretriz de fortalecimento da indústria local. A proposta está alinhada à política de competitividade do Estado, que busca adensar a cadeia produtiva e ampliar a capacidade manufatureira em território capixaba — uma prioridade diante do novo modelo da reforma tributária, que privilegia a arrecadação no destino dos bens e serviços.
“Essa é uma decisão que exige inteligência territorial e visão estratégica. O Espírito Santo está pronto para assumir esse protagonismo e contribuir com o desenvolvimento regional e nacional”, reforçou a subsecretária.
Por: Luciene Costa