Durante todo o mês de julho, o Brasil se mobiliza para a campanha do “Julho Amarelo”, dedicada à conscientização sobre as hepatites virais. Essa iniciativa visa alertar a população sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento dessas doenças que afetam o fígado e podem ter sérias consequências para a saúde.
As hepatites virais, inflamações no fígado geralmente causadas por vírus, representam um problema de saúde pública significativo, muitas vezes assintomático em estágios iniciais. No país, as hepatites mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C, com diferentes formas de transmissão e impactos na saúde pública.
De acordo com dados recentes, até maio deste ano, o Espírito Santo registrou um número expressivo de casos de hepatite B, seguido por hepatite C e hepatite A. A detecção precoce é fundamental, uma vez que o tratamento adequado pode prevenir complicações graves, como cirrose e câncer de fígado.
O Dr. Marcello Leal, coordenador do Programa Estadual de Hepatites Virais, destaca a vacinação como uma medida preventiva fundamental contra as hepatites A e B, disponível gratuitamente nas unidades básicas de saúde. Para a hepatite C, embora não haja vacina, existem tratamentos eficazes que podem levar à cura.
As ações do Julho Amarelo incluem a realização de testes rápidos para diagnóstico, palestras educativas e campanhas de vacinação em todo o país. No Espírito Santo, diversas atividades estão programadas, como o Fórum Municipal de Hepatites Virais na Serra, e a participação em oficinas regionais organizadas pelo Ministério da Saúde.
A meta é aumentar a conscientização sobre as hepatites virais, incentivando a testagem, a vacinação e o acesso ao tratamento adequado. A cobertura vacinal tem sido um ponto de destaque, apesar de desafios recentes como o desabastecimento de vacinas contra a hepatite A em 2024, afetando a adesão da população.
