Algumas medidas preventivas incluem higienização correta das mãos e o uso de preservativos em relações sexuais.
Esta sexta-feira, dia 28, é o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, uma data de extrema importância para conscientizar a população sobre os riscos e medidas de prevenção dessa doença que afeta o fígado. As hepatites virais são um grave problema de saúde pública e, dentre os diversos tipos existentes, elas podem causar doença hepática crônica, cirrose hepática e até câncer no fígado.
Segundo a gastroenterologista da Unimed Sul Capixaba Alzimara Hemerly, o diagnóstico precoce das hepatites é fundamental para evitar complicações graves e garantir tratamentos adequados, por isso a importância de estar sempre atento à saúde e realizar consultas médicas regulares para identificar possíveis problemas hepáticos em seus estágios iniciais.
“As hepatites virais podem ser causadas por diferentes tipos de vírus, sendo os mais comuns os tipos A, B, C e D. Dentre eles, a hepatite tipo C é, particularmente, preocupante, devido à possibilidade de evoluir para uma forma crônica da doença, levando a complicações”, informa.
Dados do Ministério da Saúde mostram que, entre 2000 e 2021 foram notificados 718.651 casos de hepatites virais no Brasil: 23,4% de hepatite A; 36,8% de hepatite B; 38,9% de hepatite C; e 0,6% de hepatite D. Os óbitos que têm como causa as hepatites virais são mais frequentes no tipo C.
Entre as estatísticas de diagnósticos está a aposentada Elaine Giannelli, que vai completar 70 anos no início de agosto. Ela teve hepatite há cerca de 15 anos e não imaginava que poderia desenvolver câncer tanto tempo depois por conta de uma doença já tratada.
“Voltando de uma viagem que fiz em excursão para a Bahia, comecei a ter uma diarréia que não parava. Fiz alguns tratamentos e exames e cheguei a tratar uma bactéria que foi identificada por muitos meses. Com novos exames, descobri o câncer no fígado. Já fiz todo o tratamento, fiz quimioembolização e, recentemente, terminei a última sessão de imunoterapia. Estou pronta para curtir minhas netas e celebrar o meu aniversário”, conta, com entusiasmo.
As formas de transmissão dependem de cada tipo, mas têm em comum o contato com o vírus: a hepatite A pode ser contraída por meio da via fecal-oral, seja através do contato direto entre pessoas ou da ingestão de água e alimentos contaminados; a B e a D podem ser transmitidas tanto por contato com fluidos corporais de uma pessoa infectada, como sangue, sêmen e secreções vaginais, como na gestação, da mãe para o bebê; no caso da Hepatite C, a principal forma de transmissão é por contato com sangue infectado. Os principais sintomas envolvem cansaço, dor abdominal, enjoo e/ou vômito, febre, tontura e icterícia, que é a coloração amarelada da pele e de outros órgãos.
“A prevenção é fundamental para conter a disseminação da doença. Algumas medidas são: a vacina contra o tipo B, disponível gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde; usar preservativos durante relações sexuais; buscar uma higienização adequada das mãos; e evitar o compartilhamento de objetos pessoais que possam conter sangue como lâminas de barbear, escovas de dente e alicates de unha”, recomenda a médica.
A Unimed Sul Capixaba é referência no atendimento e tratamento de câncer na região Sul do Espírito Santo, por meio da Unimed Oncologia, integrando o projeto OncoRede da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Atualmente, o espaço oferece Cirurgia Oncológica, Mastologia, Nutrição, Onco-hematologia, Oncologia Clínica, Psicologia e, com exclusividade no Sul do Estado, Radiologia Intervencionista e Genética Médica.