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Governo federal adia Enem

Governo federal adia Enem dos Concursos em todo o país devido a desastre no Rio Grande do Sul

O governo federal tomou a decisão de adiar o tão aguardado Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), popularmente conhecido como o “Enem dos Concursos”, em virtude do desastre ocasionado pelas intensas chuvas no estado do Rio Grande do Sul. A tragédia resultou na perda de vidas humanas, com pelo menos 37 pessoas mortas e mais de 70 desaparecidas. As provas estavam originalmente agendadas para o próximo domingo, dia 5.

A confirmação do adiamento foi feita por autoridades governamentais e a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, anunciou a decisão em uma coletiva de imprensa realizada no Palácio do Planalto ainda nesta sexta-feira, 3 de maio. Não há uma data definitiva para a aplicação das provas, pois isso será decidido nas próximas semanas, levando em consideração a logística e a situação emergencial, afirmou a ministra.

“Nossa prioridade é assegurar a integridade dos participantes, incluindo a preservação da integridade física nas regiões onde o deslocamento se tornou inviável, preservando vidas e garantindo segurança jurídica ao concurso”, declarou Esther. “Essa é a solução mais segura para todos os candidatos no Brasil.”

Apesar de ter confirmado a realização do exame na noite de quinta-feira, o Ministério da Gestão teve que rever sua posição devido ao agravamento da situação no Rio Grande do Sul. O número de municípios afetados pelas chuvas aumentou significativamente, passando de 154 para 235 em apenas um dia, enquanto os bloqueios em estradas cresceram de 149 para 185.

O CPNU contava com 2,1 milhões de inscritos e o eventual adiamento das provas implicaria em um custo adicional de R$ 50 milhões, conforme afirmou o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta. No entanto, o governo está comprometido em encontrar alternativas para garantir a participação dos afetados pela tragédia no concurso.

A ministra Esther esclareceu que a intenção é aplicar a mesma prova, com o mesmo conteúdo, na nova data prevista. Os exames já estavam sendo distribuídos para 65% das cidades onde o concurso será realizado, e o governo prometeu recolhê-los e mantê-los em locais seguros sob monitoramento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Com um investimento de R$ 160 milhões na contratação da Fundação Cesgranrio, responsável pela elaboração e aplicação das provas, o adiamento do concurso acarretará em um aumento nos custos. No entanto, a ministra ressaltou que é difícil estimar o montante exato neste momento, mas os recursos adicionais serão retirados do Orçamento da União.

A definição da nova data dependerá da disponibilidade dos locais de prova, da equipe de apoio e fiscalização, além da garantia de que a mesma prova poderá ser aplicada. Por isso, não é possível determinar a data neste momento. Um termo de acordo foi assinado entre o Ministério da Gestão, a Advocacia-Geral da União, a Defensoria Pública da União e a Procuradoria do Estado do Rio Grande do Sul, formalizando o adiamento do concurso em virtude da situação emergencial no estado.

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