Economia

Gengibre Capixaba Conquista o Mundo e Impulsiona Agronegócio no Espírito Santo

A cultura do gengibre do Espírito Santo ganhou proeminência internacional, atingindo 41 países em 2022, com notáveis destinos como Países Baixos (59,27%), Estados Unidos (27,42%), Argentina (3,84%), Itália (3,10%) e Reino Unido (1,26%). Representando 59% das exportações brasileiras em 2022, o Estado gerou US$ 18,9 milhões. Em 2023, de janeiro a agosto, as exportações atingiram 10,4 mil toneladas, uma ascensão de 29,4%, rendendo US$ 20,1 milhões.

O gengibre, que em 2022 era o 6º produto exportado, agora ocupa o 4º lugar, gerando US$ 20,1 milhões nos primeiros oito meses de 2023. Enio Bergoli, Secretário de Agricultura, destaca que o gengibre, cultivado principalmente por pequenos produtores familiares, é uma força vital para a economia do Estado.

O sucesso do gengibre capixaba remonta à colonização europeia e ao clima propício. Produtores como Alexandre Lemke Belz, pioneiro há 14 anos, impulsionaram o crescimento. Belz, cultivando também o “Ginger belz” orgânico, destaca a busca pela excelência genética e planeja registrar o cultivar. Além de fortalecer a economia, a produção diversifica com a criação de cultivares associados a nomes de municípios, ampliando a proposta de valor.

O boom nas exportações é respaldado por um notável aumento na produção. Em uma década, a área de cultivo quadruplicou para 1.169 hectares, e a produção cresceu seis vezes, alcançando 59.506 toneladas em 2022. A produtividade média é de 50,9 toneladas por hectare. Santa Maria de Jetibá lidera a produção com 48,39%, seguida por Santa Leopoldina (30,25%) e Domingos Martins (13,91%).

O aroma e sabor intensos do gengibre capixaba, potencializados pelo clima e solo local, o tornam um destaque na culinária, enriquecendo a oferta de sabores e pratos típicos capixabas. O sucesso desse “ouro capixaba” não apenas fortalece o agronegócio regional, mas também celebra a herança cultural e a inovação agrícola

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