Economia Geral

Felicidade Corporativa não é tendência, é uma urgência!

Discutir e implementar medidas que promovam a felicidade corporativa nas empresas não é mais uma onda de tendência futura, é uma urgência do presente. O maior especialista no Brasil, Fundador na Vinning e professor de Felicidade Corporativa e Liderança na Fundação Dom Cabral, Vinicius Kitahara, chamou atenção de todos os participantes do “Comitê Aberto: Felicidade corporativa e liderança com propósito”, realizado pela Amcham Minas Gerais (Amcham MG), nesta sexta-feira (17/5).

Vinicius Kitahara no Comitê Aberto promovido pela Amcham MG.

Segundo ele, as ondas de tendência no mundo corporativo foram definidas da seguinte forma: no passado foi a sustentabilidade corporativa, no presente são a diversidade, equidade e inclusão, e no futuro seria a felicidade corporativa (saúde mental e wellbeing). “Mas, a pandemia acelerou esse processo e o que tínhamos projetado se tornou uma demanda urgente nas organizações”, destaca.

Essa afirmativa se relaciona com o resumo científico divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2022, o qual revela que no primeiro ano da pandemia a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%. “Estima-se que os problemas de saúde mental retirem um trilhão de dólares da economia mundial a cada ano, mas é possível mudar este cenário. Estudo da Universidade Oxford pesquisou a relação entre bem-estar e lucratividade com mais de 15 milhões de respostas e em mais de 1600 empresas. Para cada 100 dólares investidos, o maior retorno de lucro foi registrado naquelas onde o índice de bem-estar é alto”, explica Kitahara.

Ele também trouxe para o debate dados que demonstram o impacto da felicidade corporativa em números, dos quais destacam-se: aumento da produtividade de até 31% (Harvard Business Review); aumento em retenção de até 44% (Gallup); crescimento em inovação de até 300% (HBR), redução em ausências por doença de até 66% (Forbes), diminuição em turnover de até 51% (Gallup) e redução em burnout de até 125% (Greenberg & Arawaka).

Implementação

Pioneiro no país quando o assunto é felicidade corporativa, Vinicius Kitahara é consultor de grandes marcas e tem transformado a visão das empresas sobre o assunto. Na Heineken Brasil, empresa com mais de 14 mil colaboradores, foi responsável por implementar a Diretoria de Felicidade, ação também feita na Chilli Beans, inclusive, com a contratação do Chief Happiness Officer (CHO). A função deste profissional dentro das empresas é compreender o estado de felicidade e satisfação dos colaboradores, descobrir quais são os motivadores que aumentarão esses índices e elaborar estratégias de viabilidade.

“Esse trabalho possui três pilares. A alta liderança estar alinhada ao desejo, ter mensuração e engajamento de maneira externa – faturamento, produtividade- e a formação dos embaixadores da felicidade nas empresas”, destaca o professor. Ele explica que a transformação cultural vem por meio da formação de embaixadores e é feita, por exemplo, com uma aula por semana, estruturada em níveis. Outro ponto de destaque é o conceito de felicidade. “O que define a felicidade é a qualidade das relações. As pesquisas têm demonstrado que a grande maioria dos colaboradores tem menos de cinco pessoas com boa relação. Para transformar essa situação é preciso de mais tempo de conexão.”

O professor finaliza ao reforçar cinco formas simples de conexão para melhor a felicidade corporativa. “Comer juntos, beber juntos, aprender juntos, divertir juntos,sofrer juntos. O happy hour é importante, o tempo no cafezinho aproxima as pessoas, a escuta por parte da alta liderança inspira. Quando as conexões são cotidianas, as soluções dos problemas também se tornarão.”

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