Fecomércio-ES manifesta preocupação com aumento do IOF e alerta para impactos no setor produtivo e na economia
O Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac, em alinhamento com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), manifestou preocupação com o recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado pelo governo federal. A entidade alerta que a medida impacta negativamente o ambiente de negócios no Brasil, eleva o custo do crédito e penaliza tanto consumidores quanto empresas, sobretudo em um cenário já marcado por instabilidade econômica e altos custos operacionais.
A nova alíquota fixa de 3,5% será aplicada a operações com cartões de crédito, débito e pré-pagos internacionais, bem como na compra de moeda estrangeira em espécie. Segundo a Fecomércio-ES, essa elevação no IOF encarece o consumo e dificulta o acesso dos brasileiros a serviços e produtos do exterior. Além disso, provoca um efeito cascata sobre empresas que dependem de operações de câmbio e importação de insumos e bens de capital – essenciais para inovação, produtividade e competitividade no setor privado.
“O imposto, originalmente de natureza regulatória, está sendo transformado em uma ferramenta arrecadatória. Isso compromete a previsibilidade do sistema tributário e afeta a confiança dos agentes econômicos”, destacou a Fecomércio-ES em nota.
Estudo da CNC projeta que os custos das empresas e das operações de crédito, câmbio e seguros devem aumentar em R$ 19,5 bilhões ainda em 2025. Para 2026, o impacto financeiro pode chegar a R$ 39 bilhões. Um dos principais pontos de crítica é o encarecimento do crédito para empreendimentos produtivos, com aumento de mais de 110% ao ano na carga tributária do IOF sobre empréstimos empresariais.
Para o Sistema Fecomércio-ES, a busca pelo equilíbrio fiscal não pode recair, novamente, sobre a elevação de impostos. A entidade defende que o caminho para uma economia sustentável deve passar por reformas estruturais, como a tributária e a administrativa, além do combate ao desperdício e à sonegação fiscal.
“A arrecadação precisa estar alinhada à ampliação da atividade econômica. É preciso estimular quem produz, investe e consome, e não penalizá-los com mais tributos”, conclui a nota da entidade.