Saúde

Estudos revelam que a falta de sono pode causar demência

Pesquisadores das renomadas instituições Glenn Biggs Institute for Alzheimer’s and Neurodegenerative Diseases, da Universidade do Texas, e do Centro de Ciências do Sono e Circadianas, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, revelaram descobertas alarmantes sobre os efeitos da privação de sono na saúde cerebral. De acordo com um estudo recente, a falta de sono adequado pode estar diretamente relacionada ao desenvolvimento de demência, especialmente devido ao acúmulo de uma proteína chamada amiloide no cérebro.

O sono desempenha um papel crucial no processo de “lavagem cerebral” durante a noite, onde o fluido cefalorraquidiano remove resíduos celulares, incluindo amiloide, que se acumulam ao longo do dia. Essa proteína, quando não eliminada adequadamente, pode formar aglomerados nocivos conhecidos como placas, associados à doença de Alzheimer.

Segundo especialistas, como Jessica Polese, médica especializada em Medicina do Sono, “os estudos indicam que tanto a falta quanto o excesso de sono podem aumentar o risco de demência”. A pesquisa mostrou que adultos entre 65 e 85 anos que dormem regularmente menos horas têm níveis mais elevados de amiloide no cérebro, o que está diretamente ligado a uma cognição comprometida e a um maior risco de demência.

Por outro lado, dormir mais do que o necessário, mais de nove horas por noite ou cochilar repetidamente ao longo do dia, também pode ser um indicativo de problemas de saúde cerebral. “O sono excessivo pode estar relacionado a condições físicas e mentais, como depressão, diabetes e problemas cardiovasculares, que por sua vez aumentam o risco de demência”, explica Jessica.

Além disso, fatores como inatividade física, solidão e isolamento social também contribuem para um maior risco de desenvolvimento de demência. Portanto, manter uma higiene do sono adequada e uma rotina regular de sono é crucial para a saúde cerebral e para o bem-estar geral ao longo da vida adulta.

As descobertas destacam a importância de educar e incentivar adultos a adotarem hábitos de sono saudáveis, não apenas para uma melhor qualidade de vida no presente, mas também como medida preventiva contra doenças neurodegenerativas no futuro.

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