Um recente estudo conduzido por especialistas em neurologia e dor revelou uma ligação preocupante entre a qualidade do sono e a sensibilidade à dor. De acordo com o renomado neurologista e especialista em dor, Ramon D’Ângelo Dias, a falta de sono pode desencadear um processo chamado hiperalgesia, tornando as pessoas mais sensíveis à dor.
D’Ângelo explicou que a falta de sono aumenta a produção de interleucina 6 (IL-6) e células inflamatórias, o que sensibiliza o sistema nervoso e pode intensificar a percepção da dor. “Essa sensibilização pode fazer com que uma dor leve se torne aumentada para o paciente”, destacou o médico.
O estudo enfatiza a importância de hábitos saudáveis, incluindo uma boa qualidade de sono, no tratamento da dor, especialmente a crônica. D’Ângelo ressaltou que adotar uma alimentação balanceada e garantir um sono reparador podem contribuir significativamente para a recuperação dos pacientes.
Essas descobertas ressaltam a necessidade de uma abordagem holística no tratamento da dor, levando em consideração não apenas os sintomas físicos, mas também os hábitos de vida dos pacientes. Compreender a relação entre sono e dor pode ajudar os profissionais de saúde a desenvolver estratégias mais eficazes para o manejo da dor e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.