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Especialista explica como a empatia pode ser aliada na mediação de conflitos de qualquer proporção

A Comunicação Não-Violenta (CNV), prática de comunicação que atua na resolução de conflitos de uma forma que promove a paz, baseada na compaixão, é usada para resolver diversos conflitos, do seio familiar a povos que estão em guerra. A afirmação é da professora de inteligência emocional Elaine Viana que explica que esta ferramenta contribui para relações mais respeitosas baseadas em empatia, favorecendo a compreensão e o entendimento entre as pessoas. E este será o tema da palestra que a especialista vai ministrar nesta sexta-feira (17), às 13h, no Salão Pleno do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, durante a “Jornada do Mediador: práticas eficazes na atuação”.

A especialista acredita que a empatia pode ser considerada fator primordial na resolução de conflitos de qualquer proporção, pois, a CNV facilita o entendimento de um indivíduo em relação ao posicionamento de outro, ajudando-o a perceber que não é apenas a sua própria necessidade que importa. “Pensando desta forma, é mais fácil chegar a uma resolução e até assinar um acordo. Sem o entendimento da mensagem do que a outra parte deseja, os acordos ficam insustentáveis e difíceis de serem cumpridos”, explica Elaine Viana.

O assunto, inclusive, vem sendo aplicado em muitas escolas do país, iniciativa defendida por Elaine Viana. “Estamos com esse mundo conflituoso, competitivo, muito porque não aprendemos a praticar a empatia desde a nossa infância. Aprendemos que temos que ser melhores do que os outros, sem considerar as necessidades e diferenças que o outro tem”, pontua.  A especialista acredita que quanto mais cedo forem introduzidos os conceitos da empatia na educação, com certeza o mundo será menos violento.

Benefícios da CNV

A Comunicação Não-Violenta proporciona benefícios na forma como você se relaciona com o outro, e também no seu relacionamento consigo mesmo.

Na relação intrapessoal, promove o autoconhecimento, sendo possível entender suas próprias preferências, necessidades e até a forma como você reage a determinadas situações e, a partir daí, fazer escolhas mais conscientes e autênticas de como responder aos acontecimentos que te afetam.

No interpessoal, a CNV se traduz em relacionamentos mais profundos, autênticos e respeitosos, pois amplia a capacidade de escuta e considera as necessidades de todas as partes. E no social, ajuda a construir ambientes com mais segurança psicológica, diversidade e inclusão.

A palestra

Na palestra que vai ministrar no Tribunal de Justiça do Espírito Santo, Elaine Viana vai reforçar o que é empatia na visão da CNV, e trazer alguns alertas para situações em que a empatia pode ser prejudicada em um contexto de resolução de conflitos. “É um momento em que é preciso foco na compreensão das necessidades de cada parte para se construir acordos sustentáveis, que as pessoas queiram cumprir posteriormente. E a CNV é uma ferramenta que apoia a atuação do mediador nessa missão.”, diz.

Elaine Viana explica que todos os presentes já sabem fazer mediação de conflitos e o que ela busca é provocar uma reflexão sobre a forma como eles estão atuando e sobre o uso da empatia como fator primordial na solução dos conflitos.

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