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EDP Aponta Soluções Climáticas rumo à COP30

Empresa destaca ações de descarbonização e fortalecimento da resiliência do setor elétrico durante encontro no Espírito Santo

Em um importante passo rumo à COP30, a EDP, empresa que atua em toda a cadeia do setor elétrico, realizou nesta quarta-feira o evento “EDP na COP30 – do Espírito Santo ao Pará”, reunindo autoridades, especialistas e representantes da sociedade civil para discutir soluções climáticas e energéticas. Durante o encontro, foi apresentada uma carta de intenções que reafirma o compromisso da companhia com a descarbonização da economia, a transição energética justa e o enfrentamento da crise climática.

Realizado em Vitória (ES), o evento contou com a presença de nomes de destaque como João Marques da Cruz, CEO da EDP na América do Sul, Renato Casagrande, governador do Espírito Santo e presidente da Aliança Governadores pelo Clima, e o embaixador de Portugal no Brasil, Luis Faro Ramos.

Na ocasião, a EDP entregou oficialmente ao governador Casagrande a carta de intenções que detalha uma série de iniciativas e investimentos estratégicos da empresa para tornar suas operações mais sustentáveis e resilientes frente aos desafios ambientais cada vez mais urgentes.

Com foco em ampliar a cooperação entre os setores público e privado, o evento foi dividido em dois painéis temáticos. O primeiro, “Adaptação e Resiliência do Setor Elétrico no enfrentamento da crise climática”, abordou os desafios da transição energética. Já o segundo, “A importância da iniciativa privada na transição para uma economia de baixo carbono”, trouxe cases e reflexões sobre o papel das empresas na agenda climática.

Para João Marques da Cruz, o evento simboliza um momento estratégico para o setor energético brasileiro. “A COP30 será uma oportunidade única para que o Brasil lidere o debate global sobre adaptação climática, fontes renováveis e justiça social. A EDP quer ser agente ativo dessa transformação, promovendo inovação e inclusão em todos os territórios onde atua”, declarou.

Somente no Espírito Santo, onde a EDP atende 70 municípios, a empresa vem investindo fortemente na modernização da rede elétrica. Em 2024, foram inauguradas quatro novas subestações, totalizando R$ 206,5 milhões em investimentos e beneficiando mais de 500 mil pessoas. Hoje, a empresa mantém 117 subestações no estado.

Além disso, cerca de 80% dos consumidores da distribuidora já são atendidos por redes automatizadas com sistemas de self-healing, que garantem religação rápida em caso de falhas – tecnologia fundamental diante da intensificação de eventos climáticos extremos, como tempestades e ventos fortes.

Na área de geração, a EDP aposta em tecnologias de alta eficiência como módulos bifaciais, rastreadores solares (tracker) e sistemas automatizados de limpeza das placas solares. A empresa também reforça a segurança das usinas com sistemas de drenagem e estruturas mais resistentes.

Na transmissão, a estratégia inclui uso de dados meteorológicos e sensores para reduzir o tempo de resposta em emergências, além da implementação de tecnologias para detecção de incêndios e descargas atmosféricas.

A EDP também lidera iniciativas de acesso à energia limpa em comunidades vulneráveis. No Espírito Santo, o projeto Comunidade Solar, realizado em parceria com a Revolusolar, leva energia solar à comunidade Jabaeté e capacita moradores em sistemas fotovoltaicos. A economia nas contas de luz das instituições participantes já chega a 50%.

Outro exemplo é o Energia Viva, viabilizado pelo edital Energia Solidária, que fortalece o uso de fontes renováveis em Guaratinguetá (SP). Essas ações integram o Plano de Adaptação Climática da empresa, que envolve mais de R$ 600 milhões em investimentos em 25 iniciativas, sendo oito voltadas à área de distribuição.

A carta de intenções apresentada pela EDP reforça o papel da companhia como protagonista na transição energética brasileira. Ao combinar tecnologia, investimento e colaboração com o poder público, a empresa busca alinhar seus objetivos às metas globais da COP30, que ocorrerá em Belém (PA), em 2025.

“Estamos construindo uma trajetória de transformação com base na inovação, na sustentabilidade e na inclusão. Acreditamos que o futuro energético precisa ser limpo, justo e resiliente – e estamos prontos para liderar essa jornada ao lado da sociedade brasileira”, concluiu João Marques da Cruz.

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