No dia 31 de maio, celebramos o Dia Mundial Sem Tabaco, uma campanha global criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar sobre os malefícios do tabaco e promover políticas eficazes para reduzir seu consumo. Em 2024, o tema é “Proteção das Crianças contra a Interferência da Indústria do Tabaco”. A pneumologista e especialista em Medicina do Sono, Jessica Polese destaca a importância dessa data: “O Dia Mundial Sem Tabaco é uma oportunidade crucial para refletirmos sobre os perigos do tabagismo e tomarmos medidas firmes para proteger não só os adultos, mas os jovens que têm sido manipulados pela indústria do tabaco. É alarmante ver como essas empresas têm focado suas estratégias em jovens, utilizando diversos meios, mídias sociais para promover produtos prejudiciais, além da popularização do cigarro eletrônico”, pontua a médica.
O objetivo deste ano é fornecer uma plataforma para que jovens de todo o mundo exijam que a indústria do tabaco cesse seus esforços de marketing direcionados a eles. Foi criada uma campanha com jovens apelando aos governos para que adotem políticas que os protejam dessas práticas manipuladoras. “Basta acessar o site https://www.paho.org/pt/campanhas/dia-mundial-sem-tabaco-2024 e lá existem todas as informações e vídeos com as manifestações”, conta Jessica.
Ela reforça os inúmeros malefícios do cigarro: “O cigarro causa uma série de doenças graves, incluindo problemas respiratórios, doenças cardiovasculares, acidentes cerebrovasculares e diversos tipos de câncer, como o de pulmão. Vemos a cada ano diversas pessoas adoecendo e perdendo suas vidas devido ao tabagismo e nesta lista já encontram-se jovens” ressalta.
“Os cigarros eletrônicos contam com essências que enganam o consumidor achando que está fumando um aparelho eletrônico que não faz mal, quando na verdade tem se tornado mais perigoso do que o cigarro comum e mais viciante, aliciando jovens ao uso”, pontua a médica.
Segundo a OMS, existem 1,3 bilhão de usuários de tabaco no mundo, e o tabaco mata cerca de 8 milhões de pessoas anualmente, incluindo mais de 1 milhão nas Américas. A expectativa de vida dos fumantes é pelo menos 10 anos mais curta em comparação com a dos não fumantes.