Economia

Dia dos Pais: Confira as dicas do Procon

No próximo domingo (13) será comemorado o Dia dos Pais. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a data, neste ano, terá um volume de negócios que devem aproximadamente R$ 7,67 bilhões em vendas.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS), em média, brasileiros devem desembolsar até R$ 176 com presentes, sendo que a maioria ainda prefere realizar compras em lojas físicas (71%).

Em razão desta previsão, o Procon de Vila Velha apresenta dicas importantes para que os consumidores da cidade estejam atentos e façam valer seus direitos na hora de comprar o presente.

De acordo com o superintendente do Procon municipal, George Alves, o objetivo dessas dicas é garantir informações pontuais e seguras aos consumidores, para que, já no ato da compra, possam exercer seus direitos e impedir práticas abusivas. “Além disso, as informações também geram boas práticas para os lojistas, equilibrando e harmonizando as relações de consumo”, ressaltou ele.

Confira as 10 dicas do Procon de Vila Velha para compras do Dia dos Pais:

1) Planejamento: Defina antecipadamente o que deseja comprar e o quanto pode gastar. Importante pesquisar preços em diferentes estabelecimentos, pois eles podem variar bastante de uma loja para outra. Escolha com calma, verificando atentamente a qualidade da mercadoria. Se optar por comprar artigos em promoção, solicite que as condições do produto e as condições de troca sejam especificadas na nota fiscal.

2) Flores e cestas de café da manhã: Questione se há taxa de entrega, quais os tipos de embalagens e estilos de arranjo disponíveis, pois esses itens fazem diferença no preço final. Com relação às cestas de café da manhã, não se esqueça de se informar previamente sobre o número de itens, tipo de produtos, marcas e complementos. Com tudo definido, peça por escrito o que foi combinado (data e horário de entrega, tipo de flores/cesta, valores e condições de pagamento).

3) Almoço/jantar: Vai sair com a o papai e a família para almoçar ou jantar? Então saiba exigir seus direitos. Se no restaurante for cobrado “couvert artístico”, essa informação tem que ser clara e devidamente informada antes, e de modo ostensivo, com cartazes e avisos em locais visíveis. A cobrança é legal, desde que seja uma atração ao vivo e o consumidor tenha acesso à esta atração. Se for reprodução por meio de telão, se o consumidor estiver em um local que não tenha acesso à atração ou se, quando chegou ao local, a atração já tinha encerrado a apresentação, não é obrigatório o pagamento.

Gorjetas: Os 10% são obrigatórios? Não. Se o consumidor quiser pagar (por ter sido bem atendido), pode fazer isso, mas não pode ser coagido e nem obrigado a pagar a taxa, que é opcional. E a taxa de desperdício, pode ser cobrada? Não. Essa é uma prática abusiva e que deve ser denunciada ao Procon.

4) Forma de pagamento: Quanto à forma de pagamento, os estabelecimentos podem cobrar preços diferentes para o mesmo produto. A depender de como o consumidor irá pagar pela compra (cartão de débito, crédito, PIX, dinheiro vivo, etc), o estabelecimento pode variar a cobrança sem que isso seja ilegal, conforme prevê a Lei Federal nº 13.455/2017. Mas atenção: essas informações devem ser informadas em local e em formato visível ao consumidor, para que haja conhecimento antes da compra.

5) Preços diferentes para o mesmo produto: Já passou pela situação de comprar um produto que o preço na prateleira está diferente do que aparece no caixa, na hora do pagamento? Pois é. Se na hora de pagar pelo produto, for cobrado um preço maior, a Lei Federal nº 10.962/2004 garante que nos casos em que houver divergência de preços para o mesmo produto, no estabelecimento, o consumidor sempre deverá pagar o menor valor.

6) Troca de produtos sem vícios (sem defeitos): Comprou um presente para seu pai, mas com tamanho diferente ou cor errada? Fique atento. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), as lojas só são obrigadas a trocar produtos que apresentarem defeitos. Caso o produto não apresente defeitos, a política de troca da loja é livre e varia de acordo com cada estabelecimento. Por isso, caso precise realizar a troca, verifique na hora da compra todos os detalhes necessários, tais como o prazo e condições do produto, além de todas informações que permitam ao consumidor trocar o presente.

7) Troca de produtos com vícios (com defeitos): Se o produto comprado apresentar defeitos, sem problema, porque de acordo com o artigo 18 do Código do Consumidor, caso o produto apresente defeitos, é necessário acionar a loja, que tem 30 dias de prazo para resolver a situação. Caso isso não aconteça, o consumidor pode exigir o dinheiro de volta, a troca por outro produto semelhante ou desconto no preço, a depender do caso.

8) Direito de arrependimento: O direito de arrependimento está previsto no artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor. Esse direito é exclusivo para as compras feitas fora do estabelecimento comercial, ou seja, compras em sites, plataformas digitais e redes sociais. O consumidor não precisa justificar e, nem tampouco, o produto precisa apresentar algum problema. Trata-se de um arrependimento do consumidor que não quer mais ficar com aquele produto. Neste caso, o prazo para exercer tale direito é de sete dias a contar do recebimento do produto. Mas atenção: o produto não pode ser usado a ponto de ficar desgastado e impedir que a empresa o venda para outro consumidor.

9) Compras por meio de internet e redes sociais: Nos últimos anos, compras realizadas pelas redes sociais – sobretudo via WhatsApp e Instagram – são cada vez mais comum. Nestes casos, certifique-se de que o fornecedor de fato vende aquele produto habitualmente ou se presta aquele determinado serviço. Busque canais oficiais, postagens e comentários de outros consumidores sobre os produtos, para saber o respaldo, qualidade e credibilidade daquele fornecedor. Adotando essas medidas, você fica mais respaldado e protegido contra golpes.

10) Vale Presente: Peça para constar, na nota fiscal, informações sobre como serão restituídas eventuais diferenças de valor entre o vale e o produto adquirido. Além disso, é preciso constar o prazo para o uso e, se for o caso, a relação de lojas em que ele pode ser trocado. Atenção: por se tratar de um crédito, a loja não pode restringir o tipo de mercadoria que será comprada com o vale.

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