O turismo de natureza cresceu 20,5%, ao passo que o motivado por cultura e gastronomia subiu cerca de 15%
O Espírito Santo está se consolidando cada vez mais como um destino para um novo tipo de turismo: o de experiência. Nele, os turistas têm a oportunidade de participar ativamente da vida local, participando de atividades, provando comidas típicas e despertando todos os seus sentidos. E o Estado tem tudo para sair na frente e conquistar destaque nessa modalidade de turismo, explica o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Espírito Santo (ABIH-ES), Nerleo Caus.
Na semana em que se comemora o Dia do Turista, Nerleo conta que o potencial do turismo de experiência é vantajoso tanto para o turista — que tem a chance de explorar melhor o destino e vivenciar novas experiências, e isso é válido tanto para quem já conhece a cidade como para quem está indo pela primeira vez — e para a comunidade, visto que a atividade movimenta a economia do local.
Os números comprovam: o turismo de natureza cresceu 20,5%, ao passo que o motivado por cultura e gastronomia subiu cerca de 15%. Os dados são do Ministério do Turismo juntamente com o IBGE.
“O turismo de experiências traz uma nova oportunidade de negócio e uma nova perspectiva para os produtores locais. Hoje o turista que vem ao estado quer viver o Espírito Santo em todos os sentidos. Ele pode ir à praia pela manhã e saborear uma moqueca capixaba e no mesmo dia subir a montanha e colher morangos em Pedra Azul, ou ver o processo da produção de queijos e vinhos artesanais em cidades como Castelo, Venda Nova do Imigrante e Domingos Martins. Nesse quesito saímos na frente. Somos um Estado geograficamente pequeno onde é possível conhecer várias regiões em um curto deslocamento”, explicou.
O turismo de experiências conquistou mais espaço após a pandemia de covid-19, conta. “Hoje, no pós-pandemia, existe uma estrada que estamos percorrendo e a solução está sendo o turismo interno, com a valorização das nossas riquezas locais e o agroturismo. Estamos muito próximos de superar o fluxo de turismo que era antes dos lockdowns, e potencial existe”, conta Caus.
O investimento no meio rodoviário também é fundamental para o turismo nos estados, destaca o presidente da ABIH-ES. “O meio rodoviário desempenha um papel fundamental na conectividade e acessibilidade dos destinos turísticos. Hoje, cerca de 79% dos turistas se locomovem por rodovias estaduais. Essa estatística ressalta a importância de se investir continuamente nesse meio de transporte, a fim de melhorar a experiência dos visitantes”, reforçou.