No Dia da Criatividade, exploramos as complexidades que envolvem a manifestação desse atributo singular no cérebro humano. Ao longo da história das ciências cognitivas, a criatividade tem sido um enigma, uma mistura intricada de fatores culturais, socioeconômicos, educacionais e pessoais.
Os pesquisadores delineiam duas dimensões de processamento cerebral: uma dedicada à organização lógica das informações, a outra ao pensamento intuitivo que processa estímulos conscientes e inconscientes. Surpreendentemente, essas dimensões não se anulam, mas se combinam, criando um terceiro valor que caracteriza a criatividade.
A neurocientista Livia Ciacci, do SUPERA – Ginástica para o cérebro, ilustra essa dinâmica com uma metáfora de gangorra, onde o peso entre lógica e intuição determina o resultado final. Se a lógica predomina, temos pensamentos claros e objetivos; se a intuição lidera, surgem ideias empáticas e imaginativas.
Exemplos emblemáticos, como Einstein e Beethoven, evidenciam como essas figuras combinaram essas dimensões de maneiras únicas. Einstein adicionou intuição à lógica física, enquanto Beethoven, enfrentando problemas de audição, encontrou na intuição um caminho para sua genialidade.
Para estimular a criatividade, a neurocientista sugere técnicas que ampliam o repertório cognitivo, promovem discussões em grupo e exploram diversas soluções antes de julgamentos precipitados. A prática consistente desses exercícios molda padrões de pensamento lógico e intuitivo, criando um equilíbrio entre reflexão e extroversão.
A receita para cultivar a criatividade? Novidade, variedade e desafios crescentes. Neste Dia da Criatividade, celebramos a complexidade e a beleza do processo criativo que permeia nossos cérebros, revelando-se como uma dança entre lógica e intuição.
