Após controvérsia, o papa Francisco definiu a existência de leis que criminalizam as pessoas LGBTQIA+ no mundo de pecado e injustiça, afirmando que Deus acompanha quem sente atração e ama alguém do mesmo sexo.
A fala foi dada em uma entrevista a bordo do avião papal no domingo (5), ao fim da viagem à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul. “A criminalização da homossexualidade é um problema que não pode ser ignorado. Isso não está certo. Homossexuais são filhos de Deus. Deus as ama e acompanha”, disse, mencionando locais onde há punições a relações entre pessoas do mesmo sexo.
Sessenta e seis estados membros da ONU continuam a criminalizar relações sexuais consensuais entre pessoas do mesmo sexo, segundo dados da ILGA World – Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersex. Em vários países onde as relações entre pessoas do mesmo sexo são ilegais, as punições podem incluir uma possível pena de morte.
No fim de janeiro, o papa foi alvo de críticas por reforçar, em entrevista à agência Associated Press, a posição doutrinária que trata a homossexualidade como pecado.