Gastronomia

COLUNA: Dia das Paneleiras de Vitória por Aline de Castro

Dia das Paneleiras de Vitória é celebrado com almoço especial e homenagem à tradição capixaba

O Dia das Paneleiras de Vitória é comemorado em 7 de julho e celebra as mulheres que mantêm viva a tradição da produção de panelas de barro, um dos mais importantes símbolos culturais e gastronômicos do Espírito Santo. A festa ocorre no bairro de Goiabeiras, berço dessa prática artesanal que é passada de geração em geração.

Neste ano, a data foi marcada por um almoço especial realizado na última segunda-feira, com uma deliciosa paella preparada pelos renomados chefs Alessandro Eller e Boudevan.

A celebração contou com a presença do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, que reforçou a importância das paneleiras para a preservação da identidade cultural capixaba. Em seu pronunciamento, ele destacou o papel dessas mulheres como guardiãs de um saber ancestral que, além de produzir utensílios, constrói um legado que encanta tanto brasileiros quanto turistas de diversas partes do mundo.

A tradição das panelas de barro ultrapassou sua origem utilitária e se consolidou como patrimônio cultural imaterial, reconhecido nacionalmente. Mais do que simples objetos, as panelas representam o sustento de muitas famílias e a força de uma comunidade que transforma a terra em arte e história.

Um pouco da história das panelas de barro de Vitória

A fabricação das panelas de barro em Vitória tem raízes profundas na história capixaba. Essa tradição artesanal surgiu com influência indígena, aproveitando a argila abundante na região para moldar utensílios resistentes ao fogo. Com o tempo, a técnica foi aperfeiçoada por mulheres que passaram a produzir as icônicas panelas de barro pretas, usando um método único de queima e acabamento com tanino extraído da casca de árvore.

O bairro de Goiabeiras, em Vitória, se consolidou como o principal polo dessa arte, onde gerações de mulheres — as paneleiras — mantêm vivo o conhecimento ancestral. Elas seguem um processo totalmente manual: extraem e preparam a argila, moldam as panelas à mão, secam ao sol, queimam em fornos abertos e finalizam com o polimento à base de tanino para dar a cor preta brilhante e a impermeabilidade.

Reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), a panela de barro capixaba é mais do que um utensílio: é símbolo de identidade, memória e resistência cultural. Além de seu valor histórico, ela também é indispensável na gastronomia local, especialmente para o preparo da tradicional moqueca capixaba.

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