No mês de outubro, a campanha Outubro Rosa ganha destaque em todo o Brasil, chamando a atenção para a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no país e no mundo. Dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que o câncer de mama responde por cerca de 28% dos novos casos de câncer em mulheres. Com 704 mil novos casos anuais previstos para o triênio 2023-2025, a maioria está concentrada nas regiões Sul e Sudeste, com índices alarmantes de 71,44 e 84,46 para cada 100 mil mulheres, respectivamente.
A conscientização promovida pelo Outubro Rosa não se limita ao diagnóstico e tratamento, mas também abrange aspectos importantes da recuperação e da qualidade de vida das pacientes. Uma parte essencial deste processo é a cirurgia plástica reconstrutiva, que desempenha um papel crucial na recuperação do bem-estar físico e emocional das mulheres afetadas.
O cirurgião plástico Humberto Pinto, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), destaca a importância da cirurgia reparadora para as pacientes que enfrentam a mastectomia, um procedimento de remoção do seio geralmente necessário em casos avançados de câncer de mama. “A cirurgia reparadora visa reconstruir a mama para restaurar a estética e promover o bem-estar da paciente. Em muitos casos, após a mastectomia, realizamos a reconstrução utilizando retalhos da pele da lateral do corpo ou enxertos de gordura retirados de outras áreas,” explica Pinto.
A modernidade e os avanços tecnológicos têm facilitado significativamente essas intervenções. Com equipamentos mais sofisticados e técnicas aprimoradas, a cirurgia plástica reconstrutiva tornou-se uma etapa cada vez mais acessível e eficaz. “É fundamental proporcionar um cuidado especial nesse momento. A reconstrução da mama não só ajuda na recuperação física, mas também tem um impacto profundo na autoestima e na confiança da paciente,” afirma o cirurgião.
A reconstrução da mama pode ser feita imediatamente após a mastectomia ou em uma etapa posterior, dependendo do estado de saúde da paciente e da estratégia de tratamento adotada. O objetivo principal é restaurar a forma e a simetria do corpo, ajudando a mulher a se sentir novamente completa e confortável em sua própria pele.
Além dos aspectos físicos, a cirurgia plástica reconstrutiva oferece um suporte emocional valioso. A autoestima e a percepção corporal de muitas mulheres são profundamente afetadas pelo câncer de mama e seus tratamentos. “Recuperar a forma do seio ajuda a melhorar a forma como a paciente vê seu próprio corpo, contribuindo para uma recuperação mais holística e satisfatória,” conclui o Dr. Humberto Pinto.
Neste Outubro Rosa, a importância da cirurgia plástica reconstrutiva é um lembrete de que o tratamento do câncer de mama vai além da remoção da doença, abrangendo a restauração do bem-estar e da qualidade de vida das mulheres que enfrentam essa batalha. A campanha destaca a necessidade de cuidado integral, que inclui não apenas a detecção precoce e o tratamento, mas também o apoio à recuperação emocional e física.