Além dos classificados que vão representar o estado a nível Brasil, mais dois integram o Top 30 Brasil do CNA Jovem
O Espírito Santo está bem representado quando o assunto é Jovens Líderes do Agro. Dos mais de 600 participantes da 6ª edição do CNA Jovem, cinco chegaram ao Top 30 e três deles avançam para a etapa nacional.
O programa, que desenvolve e impulsiona novas lideranças no agronegócio, conta com participantes de todos os estados brasileiros. Ao todo, 457 jovens concluíram a etapa estadual, sendo 12 capixabas.
No estado, o grupo foi coordenado pela analista da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), Lidiane Gomes, e o analista do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado (Senar-ES), Bruno Amorim. A Etapa Regional também foi acompanhada pela diretoria e corpo técnico do Sistema Faes / Senar-ES / Sindicatos, além de tutores, mentores e instrutores.
De acordo com Amorim, o Sistema é entusiasta do programa, em que participa desde a primeira edição. “Nós ficamos muito felizes com o resultado, que fortalece muito o agronegócio capixaba. Como o Espírito Santo é líder em diversos segmentos, é importante termos novas pessoas com perfis alinhados ao Sistema para nos representar aos produtores rurais lá na ponta”, destaca.
Nesta etapa, cada participante desenvolve uma iniciativa ao longo do processo, com o foco de promover melhorias que beneficiem a sociedade e, especialmente, a região em que vivem.
Conheça os classificados para a etapa nacional e seus projetos:
Paloma Francisca Pancieri de Almeida
A engenheira agrônoma de 30 anos elaborou um projeto com o objetivo de mitigar um gargalo na cadeia produtiva de pimenta-do-reino. Mesmo com o Espírito Santo sendo número 1 na produção do Brasil — com destaque para o próprio município, São Mateus —, o estado ainda enfrenta dificuldades na exportação, por conta da contaminação química do produto.
“A criação do Selo Sane Agro vem diretamente para auxiliar nas boas práticas de produção da pimenta-do-reino, para assim, antes dela ir para o mercado externo, termos a garantia de que está livre de contaminação, de forma simples e eficaz para o produtor. O objetivo principal é evitar a perda de mercado externo e abrir novos mercados para a especiaria”, explica.
Nícolas Gouvêa Dos Santos
Foi observando os desafios dos produtores rurais do município de Água Doce do Norte, que o médico veterinário de 25 anos teve a ideia de trabalhar com tilápias. A iniciativa de formalização dos tilapicultores, já conta com beneficiários e visa acabar com a dificuldade do escoamento da produção do peixe in natura.
“Começamos a incentivar a implementação de agroindústrias familiares, permitindo o acesso a novos mercados e fornecendo um alimento seguro ao consumo humano. Além disso, por nossa região ser propícia a criação de tilápia, queremos desenvolver uma certificação especial da regionalidade do produto, e trazer destaque ao nosso município pela produção de cortes especiais de tilápia”, ressalta.
Richarles Silvio Machado
Produtor rural, técnico em Agronegócio e criado no campo, Richarles está empolgado em ser um dos representantes capixabas na etapa nacional do CNA Jovem. Aos 25 anos, a classificação chegou por meio de uma proposta voltada para a sucessão familiar.
“O projeto AgroSucessão irá auxiliar as famílias produtoras a terem uma gestão mais técnica e tecnológica. Auxiliando no planejamento sucessório e buscando facilitar a permanência dos jovens no campo”, destaca o jovem líder de Afonso Cláudio.
Top 30
Além dos três classificados, outras duas capixabas também ganharam destaque no Top 30 do CNA Jovem. Stefany Sampaio Silveira, de Linhares, e Izabella Godoy Monteiro de Castro, representante de Iconha, também tiveram suas iniciativas entre as melhores do Brasil.
A iniciativa da representante linharense tinha como objetivo desenvolver a governança rural de forma simplificada visando a descentralização da gestão. Já a da iconhense, teve como propósito desenvolver o protagonismo feminino na comercialização dos seus produtos agropecuários.
Etapa Nacional
Os jovens selecionados de cada estado se encontram durante a etapa nacional, para apresentar as iniciativas e soluções desenvolvidas ao longo do processo. Os desafios enfrentados durante o programa são escolhidos pelo Sistema CNA/Senar com base na realidade do agro brasileiro, considerando cinco áreas prioritárias: educacional, empresarial, institucional, sindical e político-partidária.
A fase nacional é a última do programa, na qual reconhece 10 participantes com o título de Jovens Líderes do Agro.
