A Câmara Municipal da Serra deu início a uma investigação contra os vereadores Anderson Muniz, Artur Costa, e Darcy Junior, acusados de quebra de decoro parlamentar. A denúncia, apresentada pelo subsecretário de Trabalho, Emprego e Renda da Serra, professor Renato Ribeiro, alvo da “operação peixada”, foi acatada após votação na Câmara.
A denúncia, assinada pelo advogado Homero Mafra, foi submetida a votação, recebendo 13 votos favoráveis e 7 contrários entre os 21 vereadores presentes. Com a aprovação, inicia-se uma investigação que pode levar ao afastamento e à cassação dos mandatos dos parlamentares.
O presidente da Câmara, Saulinho da Academia (PDT), autorizou a formação de uma Comissão Especial Processante para apurar a suposta infração político-administrativa dos vereadores. Os membros sorteados para compor a comissão são Sergio Peixoto (PROS), como presidente; Professor Rurdiney (PSB), como membro; e Elcimara Loureiro (PT), como relatora.
Durante a votação, os parlamentares acusados se defenderam veementemente. Darcy Junior afirmou que não será impedido pela “processinho frio” e Artur Costa expressou preocupação com a influência de forças políticas externas no processo. Anderson Muniz, por sua vez, apelou para a preservação do rito democrático e do estado de direito.
Os vereadores são acusados de quebra de decoro parlamentar ao participarem de uma operação irregular no Sine da Serra, junto com o deputado Pablo Muribeca. A ação resultou na voz de prisão ao secretário adjunto Renato Ribeiro e na apreensão ilegal de um celular institucional. O caso gerou críticas, e o Ministério Público foi acionado, encaminhando a denúncia para a Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), que deve continuar acompanhando o caso.