Economia

Bolsa fecha em alta após IBC-Br e falas do presidente do BC sobre meta fiscal

O Ibovespa alcançou mais de 125 mil pontos hoje (17) – mesmo com Wall Street operando de forma mista – impulsionado principalmente pela valorização da Petrobras (PETR4) e da Vale (VALE3). Além disso, falas do presidente do Banco Central – Roberto Campos Neto – sobre a decisão do governo de manter a meta fiscal para 2024, movimentaram as discussões no mercado.

O dado de maior interesse pela manhã foi o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que recuou 0,06% em setembro na comparação com o mês anterior, segundo número dessazonalizado. A leitura do mês foi bem pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters, de avanço de 0,20%, e marcou o segundo mês seguido no vermelho.

O índice, considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), apontou contração de 0,64% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores, e mostrou perda de força ao longo do ano, depois de ter avançado 2,39% no primeiro trimestre e 0,75% no segundo.

O relatório Focus desta semana indica uma ligeira queda na inflação deste ano, de 4,63% para 4,59%. Isso indica uma possível estabilização nos preços, o que é uma notícia positiva para a economia, sugerindo uma menor pressão inflacionária no curto prazo. No entanto, a estimativa para o IPCA de 2024 aumentou de 3,91% para 3,92%.

O crescimento econômico/PIB mantém-se estável, com projeções de 2,89% para 2023 e 1,50% para 2024. Há uma leve melhora nas perspectivas para 2025, passando de 1,90% para 1,93%. A política monetária/Selic permanece inalterada: 11,75% para o final de 2023, 9,25% para 2024, 8,75% para 2025 e 8,50% para 2026. No câmbio, prevê-se estabilidade do real em relação ao dólar nos próximos anos, com projeções de R$ 5,00 para 2023, aumento para R$ 5,08 em 2024, R$ 5,11 em 2025 e R$ 5,20 em 2026.
Câmbio

Após abertura em queda, o dólar à vista virou para o positivo por volta das 13h00. A alta da moeda norte-americana ante o real no fim da manhã contrastava com o cenário visto no exterior, onde a divisa dos EUA se mantinha em baixa ante a maior parte das divisas de países emergentes e exportadores de commodities.

No exterior, a tendência mais geral para o dólar ainda era de baixa, embora a divisa dos EUA também tivesse recuperado algum fôlego ante outras divisas.

Por trás do viés de baixa para o dólar estava a percepção de que, em função dos números mais recentes de inflação e atividade, o Federal Reserve tende a não elevar mais os juros no curto prazo.

*Luiz Felipe Bazzo é CEO do transferbank, uma das 15 maiores soluções de câmbio do Brasil. O executivo também já trabalhou em multinacionais como Volvo Group e BHS. Além disso, criou startups de diferentes iniciativas e mercados tendo atuado no Founder Institute, incubadora de empresas americanas com sede no Vale do Silício. O executivo morou e estudou na Noruega e México e formou-se em administração de empresas pela FAE Centro Universitário, de Curitiba (PR), e pós-graduado em finanças empresariais pela Universidade Positivo.

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