Considerado um distúrbio visual, que pode causar a cegueira irreversível, o Glaucoma pode acometer até 2,5 milhão de pessoas no mundo, segundo dados da Sociedade Brasileira do Glaucoma (SBG).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 5% dos casos de cegueira em crianças em todo o mundo sejam resultado da doença. Isso significa que, de 1,5 milhão de crianças de 0 a 7 anos de idade, 75 mil ficaram cegas por causa do glaucoma, que não tem cura, porém tem tratamento.
A oftalmologista Lilian Nóbrega reforça que essa é a segunda maior causa de cegueira no mundo, ficando atrás da catarata. “A doença é silenciosa. Ela afeta o nervo óptico, levando aos poucos à perda irreversível da visão. O paciente só percebe que parou de enxergar no estágio mais avançado”, diz ela.
Segundo a médica, o glaucoma pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum em adultos acima de 40 anos. “Todos podem desenvolver a doença, porém pessoas com histórico familiar de glaucoma têm maior risco de desenvolver a doença, por isso todos, sejam bebês, crianças, adolescentes, adultos ou idosos, precisam fazer acompanhamento com um oftalmologista.”, explicou Liliana.
Sintomas e diagnóstico
Ainda não se sabe muito bem a causa da doença, mas algumas dos sintomas mais comuns são uma maior resistência da saída de líquido do olho, com aumento progressivo da pressão e subsequente lesão do nervo.
Para diagnosticar o glaucoma é necessário fazer alguns exames. A médica indica exames como campimetria computadorizada, retinografia, gonioscopia, paquimetria e tomografia de coerência óptica. Aferir a pressão intraocular também é importante ser feita com frequência.
Tratamento
Liliana Nóbrega informa que há colírios que reduzem a pressão intraocular. Em alguns casos, o uso de laser também pode ser aplicado para redução ou evitar a progressão da doença.
“Durante o tratamento, escolhemos usar primeiro os colírios, ou o tratamento a lazer pois, na maioria dos casos, eles reduzem muito o grau da doença. As cirurgias são indicadas em último caso, quando precisamos reduzir a pressão intraocular quando não há controle em uso da medicação”, conta a médica.
Por isso, a médica ressalta que é importante adotar práticas saudáveis, como boa alimentação, prática de exercícios físicos e mentais, entre outras coisas.