No mundo moderno, a internet é uma necessidade fundamental, influenciando tudo, desde a comunicação pessoal até as operações empresariais e a educação. Diante de sua importância crescente, manter a conexão estável tornou-se uma prioridade para as operadoras. Em entrevista, Renato Lima, diretor da operadora capixaba Loga, detalha as estratégias cruciais para evitar interrupções e garantir a continuidade do serviço.
Segundo Lima, os desafios enfrentados pelas operadoras são diversos, incluindo intempéries, acidentes e ataques cibernéticos, como os de negação de serviço (DDoS). Contudo, muitas dessas questões podem ser mitigadas com estratégias eficazes.
“Uma das abordagens principais para minimizar as interrupções é a diversificação das rotas de tráfego. Trocar dados entre operadoras nacionais e internacionais ajuda a encontrar os caminhos mais rápidos e seguros para os conteúdos desejados”, explica Lima. Essa estratégia não apenas melhora a velocidade de conexão, mas também oferece uma camada adicional de proteção contra problemas técnicos e ataques.
No tocante aos ataques DDoS, que podem paralisar serviços ao sobrecarregar sistemas com tráfego falso, a tecnologia tem avançado para oferecer soluções eficazes. “Hoje, temos ferramentas de mitigação que utilizam sensores automáticos em roteadores para monitorar o tráfego e emitir alertas em tempo real. Essas ferramentas permitem ações corretivas rápidas, ajudando a manter a estabilidade dos serviços”, detalha Lima.
Para evitar interrupções prolongadas, o investimento contínuo em tecnologia é essencial. Lima sugere que as operadoras realizem um monitoramento proativo do consumo de dados para antecipar a demanda e ajustar a capacidade conforme necessário. “Com análises regulares, podemos prever onde será necessário aumentar a capacidade de tráfego e fazer ajustes antes que problemas ocorram”, recomenda.
Além disso, o diretor destaca a importância de revisar e ajustar as rotas dos cabos. “Problemas frequentes, como rompimentos de cabos devido a acidentes de veículos, vandalismo, quedas de árvores e roedores, devem ser mapeados e analisados. As reincidências são estudadas para que possamos alterar as rotas dos cabos e reduzir a probabilidade de novos incidentes”, explica.
Outro aspecto crítico é a programação das manutenções. Renato sugere que essas atividades sejam agendadas para períodos de menor demanda, como entre 2h e 5h da manhã, para minimizar o impacto sobre os usuários. “Além disso, é crucial utilizar equipamentos de última geração e de fornecedores confiáveis. A mão de obra também deve ser constantemente treinada e auditada para garantir a qualidade do serviço”, adverte.
Lima reconhece que, apesar de todos os esforços, não é possível antecipar todos os problemas. “Os desafios surgem todos os dias, mas a chave está em como respondemos a eles. Felizmente, as operadoras locais têm equipes técnicas ágeis, e em 90% dos casos, o tempo de resposta é inferior a 24 horas”, conclui.
À medida que a demanda por conectividade continua a crescer, as estratégias e investimentos para manter a internet em funcionamento são mais importantes do que nunca. Com as práticas recomendadas por Renato Lima, as operadoras estão melhor preparadas para enfrentar os desafios e garantir que a internet continue a ser uma ferramenta essencial e confiável para todos.